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Prevenção 

Treinamento prepara escolas para operarem botão de pânico na rede municipal de Porto Alegre

Aplicativo instalado no celular de diretores e indicados será conectado diretamente ao Centro Integrado de Comando de Porto Alegre

17/04/2023 - 10h20min

Atualizada em: 17/04/2023 - 10h24min


Isabella Sander
Isabella Sander
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Jonathan Heckler / Agencia RBS

Falta pouco para implementar o sistema que permitirá às escolas municipais de Porto Alegre o acionamento de um botão de pânico em casos de urgência. A ferramenta, ativada por meio de um aplicativo no celular, estará conectada diretamente ao Centro Integrado de Comando de Porto Alegre (Ceic), que encaminhará imediatamente uma guarnição da Guarda Municipal para o local. O recurso já pode ser operado a partir da próxima semana. 

O treinamento para operar a funcionalidade do aplicativo BeOn ocorre ao longo desta sexta-feira (14). Uma turma de 400 pessoas foi capacitada durante a manhã e outra, de 450, passa pela formação à tarde. Os grupos são compostos por diretores e pessoas indicadas por eles, tanto das escolas da rede municipal quanto das conveniadas, que atendem a Educação Infantil. 

A capacitação para o sistema, nomeado de Botão de Emergência, ensina como operar a ferramenta e, principalmente, em quais casos se deve acioná-la. 

— É um botão a ser usado só em situações de pânico, e emergência é diferente de pânico. Pânico é uma situação como a vivida em Blumenau: o indivíduo estranho invadiu a escola ou alguém começou a agredir alunos. Nesses casos, é preciso mais agilidade — destaca o secretário municipal de Segurança, Alexandre Aragon. 

Diferentemente de quando se liga para telefones como o 190 e o 153, quando é necessário aguardar que alguém atenda e explicar verbalmente o que está acontecendo, o Botão de Emergência não exige justificativas: ele é acionado em dois toques – um para abrir o aplicativo e outro para “apertar” o botão. Por ser um recurso exclusivo para situações de risco à vida, a corporação aciona o deslocamento da viatura, não havendo o processo de verificação da necessidade disso. Os usuários são previamente cadastrados e, por meio de georreferenciamento, a guarnição se dirige à escola em questão. 

— Lá em Blumenau seria difícil evitar o que aconteceu, mas se houvesse essa ferramenta, quem tivesse visto aquele homem entrando na escola teria condições de acionar a polícia de forma mais rápida. É essa agilidade que essa ferramenta visa — relata o comandante-geral da Guarda Municipal, Marcelo Nascimento, acrescentando, ainda, que a medida se soma a outras em andamento, como o aumento do patrulhamento próximo às escolas. 

A princípio, o aplicativo não estará disponível a todos os professores e funcionários das escolas. A liberação inicial será para diretores e multiplicadores, pessoas que são indicadas por esses gestores. A partir do treinamento desta sexta-feira, os diretores poderão selecionar outros profissionais para ter acesso ao sistema, que promete funcionar mesmo quando o sinal de internet captado pelo celular estiver fraco. 

O sistema anti-pânico foi viabilizado através da parceria entre a prefeitura de Porto Alegre, o Instituto Cultural Floresta e a empresa BeOn. Não houve custos para o município. 


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