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"Espero representar bem a Capital dos gaúchos", diz patrona dos Festejos Farroupilhas de Porto Alegre

Gringa conversou com a coluna e compartilha o sentimento de ter sido escolhida como a patrona para as festividades de 2023

16/05/2023 - 14h39min


Caroline Tidra
Caroline Tidra
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SMCEC / SMCEC/PMPA
“Passo todos os dias no acampamento,desde a montagem até desmontagem”, diz Gringa

Telma Rejane dos Santos, conhecida como Gringa, 54 anos, foi escolhida como a patrona dos Festejos Farroupilhas de Porto Alegre. A eleição ocorreu no início do mês durante encontro dos integrantes da Comissão dos Festejos Farroupilhas, vinculada à Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMCEC).

Gringa é integrante do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) há cerca de 15 anos. Nascida em Santo Antônio das Missões, ela começou a se envolver com atividades tradicionalistas quando mudou para a Capital, em 1994. Moradora do bairro Belém Novo, Gringa faz parte do CTG Porteira da Restinga, também na Zona Sul. Ela é avaliadora de concursos culturais internos e regionais e na Comissão dos Festejos Farroupilhas tem uma função da qual se orgulha: cuidadora da Chama Crioula de Porto Alegre. 

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Para a presidente da Comissão dos Festejos Farroupilhas, Liliana Cardoso, a escolha de Gringa é um reconhecimento por anos de trabalhos prestados ao tradicionalismo e à cultura gaúcha, especialmente no Parque Harmonia.

– Uma Anita à frente de seu tempo, coletiva, agregadora, forte, sua aura é revestida de cultura e seu coração é a Chama Crioula, que ela cuida como um filho – comenta Liliana, a primeira mulher negra nomeada patrona dos Festejos Farroupilhas do Rio Grande do Sul, em 2021. 

Gringa conversou com o DG e compartilha o sentimento de ter sido escolhida como patrona. 

DG – Qual o sentimento de ser a patrona dos Festejos Farroupilhas da Capital? 

Gringa – É muito orgulho. Me surpreendeu quando me escolheram, fiquei muito feliz. Espero representar bem a Capital dos gaúchos. Espero representar nossas culturas, nosso povo e nossas origens. Também representar bem todas nós, mulheres, que por muito tempo tivemos pouco reconhecimento. 

DG – Qual a tua participação nas atividades da Semana Farroupilha? 

Gringa – Trabalhamos em equipe em toda função do acampamento. Ajudo os patrões em tudo que precisam, nos projetos, e cuido da Chama Crioula. Se é da minha alçada, tento resolver e, se eu não sei, tento achar quem pode ajudar. Passo todos os dias no acampamento, desde a montagem até desmontagem. E não é só no acampamento, continuo falando com os patrões durante o ano todo. Muitos já são conhecidos. 

DG – No dia a dia, como é tua rotina? 

Gringa – Sou dona de casa e fico por casa tomando um mate enquanto o marido e os filhos trabalham. Cuido das netas, busco na creche. Nas terças, temos o truco no CTG Porteira da Restinga e nos encontramos com o pessoal de outros CTGs. Ajudo também nos eventos das invernadas adulto e mirins, fazendo uma comida. 

DG – O que achou do tema dos festejos deste ano? 

Gringa – Estou estudando melhor o tema, a Revolução de 1923, para auxiliar os patrões nas inscrições do acampamento. Também é preciso saber muito do tema para avaliações dos projetos apresentados. 

DG – Como está tua expectativa para o Acampamento Farroupilha?

Gringa – Todo ano é um melhor que o outro. A gente trabalha o ano inteiro em prol do acampamento, para chegar logo setembro.

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