Papo Reto
Manoel Soares: "Para voar, mude"
Colunista escreve no Diário Gaúcho aos sábados
Amigos, para entenderem o porquê da minha saída da Globo, peço que leiam essa história com atenção.
Era uma vez, uma águia majestosa, que voava pelos céus com graça e destreza. Ela possuía um bico afiado e garras fortes, que lhe permitiam caçar suas presas com facilidade. No entanto, com o passar do tempo, a águia começou a sentir que algo estava faltando em sua vida.
Certa vez, a águia avistou um grupo de corujas, que possuíam bicos curvos e garras afiadas. Elas pareciam tão habilidosas e sábias, capazes de caçar suas presas com precisão. A águia sentiu-se intrigada e decidiu se aproximar delas.
Ao se aproximar das corujas, a águia percebeu que elas também a observavam com admiração. Elas comentaram sobre a agilidade e a graça da águia em voar pelos céus. A águia, por sua vez, elogiou a sabedoria e a destreza das corujas em suas caçadas noturnas.
Então, uma das corujas sugeriu que a águia experimentasse trocar seu bico afiado por um bico curvo e suas garras fortes por garras afiadas. A águia ficou intrigada com a ideia e decidiu tentar.
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No entanto, assim que a águia trocou seu bico e suas garras, percebeu que não era capaz de voar tão alto e rápido quanto antes. Ela também notou que suas novas habilidades não eram tão eficientes na caça quanto as antigas.
Desapontada, a águia voltou às corujas e pediu para voltar ao seu bico e garras originais. As corujas concordaram e ajudaram a águia a recuperar suas características naturais.
Com seu bico afiado e garras fortes novamente, a águia voltou a voar pelos céus com graça e destreza. Ela percebeu que não precisava ser como as corujas para ser feliz e bem-sucedida em sua jornada.
Essa parábola da troca de bico e unhas da águia nos remete a uma reflexão sobre a importância de valorizarmos nossas próprias características e habilidades. Muitas vezes, nos sentimos pressionados a sermos como os outros, a nos adaptarmos a um padrão imposto pela sociedade.
No entanto, ao tentarmos nos encaixar em moldes que não são os nossos, podemos perder nossa essência e capacidades únicas. Assim como a águia, é essencial reconhecermos e valorizarmos nossas habilidades naturais, pois é nelas que encontraremos nossa verdadeira felicidade e sucesso.
Portanto, devemos aprender a aceitar e abraçar quem somos, com todas as nossas peculiaridades e talentos. Somente assim poderemos voar alto e alcançar nossos objetivos, sem perder a nossa essência.
Eu vou voar, meus amores.