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Centro Histórico

Praça Otávio Rocha será revitalizada e café fechado com parede de tijolos em 2019 será reaberto

Espaço foi adotado por empresa que restaurou o prédio do antigo hotel Plazinha, onde desde o mês passado funciona um edifício residencial

12/06/2023 - 09h49min

Atualizada em: 12/06/2023 - 09h50min


GZH
Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Correção: Marcos Livi não é paulistano como publicado entre as 14h25min e as 21h17min de 10 de abril. O cheff é gaúcho de São Francisco de Paula.

A Praça Otávio Rocha, no encontro entre as ruas Alberto Bins e Doutor Flores, no Centro Histórico, será revitalizada por uma empresa privada. A iniciativa é da incorporadora Infinita, que adotou a área como parte da reforma do hotel Plazinha, reaberto no mês passado na Rua Senhor dos Passos. O projeto contempla também a restauração do Café da Praça, fechado desde 2019. A estrutura, que antes ficava aberta, recebeu tijolos para preservar seu interior, por causa de repetidos atos de vandalismo. 

— A praça será como um jardim para o nosso empreendimento, que tem uma vista privilegiada do local. Já estamos usando a mesma empresa que faz a segurança do nosso prédio para fazer rondas na praça. Em duas semanas, vamos colocar os tapumes e após a autorização da prefeitura começaremos a restauração — confirma o CEO da Infinita, Diego Antunes. 

De acordo com o empresário, a reforma completa irá custar R$ 500 mil e será feita em partes, com previsão de conclusão em 60 dias. Estão previstas pintura, restauração do mobiliário urbano e dos brinquedos e serviços de jardinagem.

O café, que deve começar a funcionar cerca de três meses após o início da reforma, será operado pelo chef gaúcho Marcos Livi. De São Francisco de Paula, Livi é dono da marca Brique, que também terá operação no Plazinha.

De acordo com a secretária municipal de Parcerias Estratégicas de Porto Alegre, Ana Pellini, a prefeitura não vai cobrar a empresa pelo uso do espaço. O valor pago anteriormente ao município era de R$ 3 mil por mês.

— A outorga vai se pagar através da manutenção da praça pela empresa. O café é importante para povoar aquela região. É algo muito positivo para o bairro. Essa é uma prioridade nossa e deles — conta a secretária.

Ainda de acordo com Ana Pellini, a parceria com a Infinita tem contrato de quatro anos, que pode ser renovado pelo mesmo período.

Histórico de vandalismo

A Praça Otávio Rocha foi criada na década de 1930, mas o café só foi instalado no local pela primeira vez em 2013. Na época, a ideia da prefeitura era incentivar o fluxo de pessoas para combater o abandono do local. A praça então recebeu novo mobiliário e nova pintura, além de melhorias no piso, e a cafeteria foi inaugurada.

Rosane Tremea / Rosane Tremea
Foto de arquivo mostra o Café da Praça em 2013, logo após a inauguração

Os anos passaram e o espaço voltou a ser alvo de vandalismo. As aberturas foram fechadas com tijolos em agosto de 2019 pela então Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams). Essa foi a solução encontrada pela prefeitura para impedir novos arrombamentos e depredações, algo que acontecia com frequência no local desde que o último permissionário deixara o café, quatro meses meses antes.

Mesmo com aluguéis atrasados, o lojista, inicialmente, se recusou a sair. Na época, de acordo com a secretaria, a dívida chegava a quase R$ 500 mil, com parcelas em aberto desde 2014. Uma reintegração de posse foi cumprida em abril de 2019, com a presença da Guarda Municipal e da Brigada Militar. A partir daí, vândalos teriam quebrado as paredes de vidro e até causado um incêndio na estrutura, que acabou totalmente fechada.


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