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Gravataí 

Depois de anos de espera, Escola Estadual Tuiuti finalmente é reformada

Em 2018, colégio chegou a ter prédio interditado após a queda de forro. Situação ocasionou redução no número de alunos 

31/08/2023 - 05h00min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Lauro Alves / Agencia RBS
Prédio pronto para receber os estudantes com mais conforto

Atrasou, mas saiu. Prometida para julho pela Secretaria Estadual de Obras Públicas (SOP), a reforma da Escola Estadual de Ensino Médio Tuiuti foi entregue no dia 21 de agosto. A comunidade escolar da instituição, que fica em Gravataí, na Região Metropolitana, exigiu por anos reparos na estrutura local, que tem mais de 80 anos. 

Depois de idas e vindas, os trabalhos tinham sido reiniciados em maio deste ano. A reforma geral teve investimento de R$ 860.936,80 e foi incluída no programa Lição de Casa, do governo estadual. Segundo a pasta de Obras Públicas, “a obra beneficiou os professores, funcionários e 814 alunos”.

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No projeto, foram incluídas a pintura e a reforma da cobertura do prédio administrativo e recuperação de piso e alambrado de uma das quadras descobertas. Na quadra poliesportiva, houve intervenções na rede elétrica, reforma da cobertura, pintura das estruturas metálicas e instalado um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, incluindo para-raios e aterramento. 

– Acho que a construção de um banheiro acessível e a troca de piso de uma das quadras são pontos de destaque – comemora a diretora Geovana Rosa Affeldt.

É uma mudança de patamar diante da situação enfrentada por estudantes da Tuiuti nos últimos anos. Desde 2018, o Diário Gaúcho acompanha os problemas presentes no caminho de quem frequenta a instituição. Os trabalhos chegaram a começar, mas foram paralisados. Em fevereiro deste ano, o DG mostrou que razão da paralisação foram pedidos de aditivos contratuais por parte da empresa responsável pela obra.

Lauro Alves / Agencia RBS
Uma nova realidade para mais de 800 estudantes

Com a interdição dos prédios, o número de alunos da escola foi reduzindo ao longo dos anos, o que gerou incômodo para pais e responsáveis na região. Com a reforma, o número de vagas poderá ser ampliado. Este ano, já foi aberta uma nova turma de séries iniciais e o mesmo deve ocorrer no Ensino Médio, que tem o maior público na instituição. A escola oferece turmas desde o Ensino Fundamental até o curso técnico em Logística no pós-Ensino Médio, em três turnos de funcionamento. Ela ocupa um terreno de 1,5 hectare e possui quatro prédios de salas de aula e um administrativo, além de refeitório, salão de festas, uma quadra coberta e duas descobertas.

– Quando eu assumi a gestão, tínhamos 1.600 alunos. Com os problemas, fomos perdendo e chegamos a ter 600 alunos. Agora temos 800, mas a expectativa é de chegar a mil alunos até o ano que vem – explica a diretora.

Guarda-chuva aberto na classe, ocupação de pais e aulas em CTG 

A escalada de problemas da Tuiuti começou no final de 2018, como recorda a diretora Geovana Rosa Affeldt, no comando da instituição desde 2015. O forro de uma sala de aula desabou e causou a interdição da sala. Logo, o prédio todo foi condenado.

– Eu pedi uma reforma em 2016, em razão dos frequentes problemas elétricos. No final de 2018, teve essa questão do forro. Por sorte, deixamos de usar a sala um dia antes de o forro cair, pois ele já estava apresentando problemas. Graças a Deus, nenhum aluno ficou ferido – contou.

Logo depois da interdição do primeiro prédio, engenheiros do Estado vistoriaram a escola e determinaram que as aulas poderiam continuar somente se o forro fosse retirado. 

Feito isso, o problema passou a ser suportar o calor intenso nos locais, além da falta de isolamento acústico. Nos dias de chuva, o excesso de goteiras gerou situações como estudantes tendo de abrir guarda-chuvas dentro das salas de aula

A situação seguiu até 2019, quando pais ocuparam o local em razão da falta de obras no prédio interditado. Como resposta, o governo interditou todos os quatro locais com salas de aula em novembro. Com isso, o final daquele ano letivo teve aulas ministradas em locais como refeitório e a sala dos professores. Até os salões de um CTG e de uma igreja próxima foram cedidos para que as crianças pudessem estudar.


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