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Em Cidreira, nono ano começa a ter aulas de português

Turma estava sem professor desde o início do ano

18/08/2023 - 10h09min

Atualizada em: 18/08/2023 - 15h57min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Agora, alunos começam a receber o conteúdo adequado para o último ano do Ensino Fundamental

Após passar o primeiro trimestre letivo deste ano sem aulas de português, o nono ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Marcílio Dias, em Cidreira, no Litoral Norte, recebeu professor. Segundo a empresária Kélin Formentin, 42 anos, mãe de um dos alunos, a nova docente já esteve em sala de aula na última sexta-feira (11):

– Claro que nem todos os conteúdos vão poder ser passados, mas as coisas principais, sim, o que é bom porque eles (alunos) vão fazer as provas seletivas. Antes tarde do que nunca – comenta.

As provas a que ela se refere são para cursar o Ensino Médio no Instituto Federal de Osório ou na Escola Rural. São instituições que contam com processo seletivo para ingresso e demandam preparação dos candidatos.

Resolução

Na segunda-feira passada (7), o Diário Gaúcho contou a situação da turma que não havia tido aulas regulares da disciplina até então. De acordo com Kélin, naquele mesmo dia, os pais foram informados de que o problema seria resolvido:

– Não sei se coincidentemente, mas, após a publicação da reportagem, tínhamos reunião de conselho de classe participativo às 10h. Quando chegamos lá, fomos informados de que, naquela manhã, tinha sido contratada uma professora de português.

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Aprendizado

A nova docente de português do nono ano já é conhecida da comunidade escolar. Ela leciona na Educação de Jovens e Adultos (EJA) na escola, no turno da noite, e a primeira impressão deixada na turma de Ensino Fundamental foi satisfatória. Igor Formentin, 15 anos, filho de Kélin e um dos alunos que vai passar a ter aulas da língua a partir de agora, acredita que boa parte do conteúdo vai ser recuperado até o final do ano letivo.

– Pelo que eu vi, ela (a professora) explica muito bem. O que ela for ensinar, a gente vai aprender, e não será mais uma coisa automática de só fazer as (atividades de) folhinhas. Ela se dedica muito às explicações – conta o menino que vinha recebendo tarefas de anos inferiores para fazer enquanto não tinha aulas regulares de português.

Escola garante carga horária

Em nota, a direção da escola diz que cumprirá a carga de 800 horas/aula e 200 dias letivos e que nenhum aluno será prejudicado. Afirma ainda ter “certeza de que, juntamente com a equipe pedagógica, daremos aos alunos tudo o que eles precisam para concluir com êxito o ano letivo”. 

O DG tentou contato com a Secretaria de Educação e Cultura de Cidreira, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.

Produção: Caroline Fraga



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