Violência
Homem mata ex-mulher, ex-sogros e comete suicídio em São Jorge
O crime aconteceu por volta de meia-noite desta sexta-feira (22)
Um homem matou a ex-mulher, os ex-sogros e cometeu suicídio em São Jorge,na Serra. O crime aconteceu por volta da meia-noite desta sexta-feira (22). As vítimas são uma mulher de 36 anos e os pais dela, de 73 e 74. O autor do feminicídio e duplo homicídio tinha 38 anos e estava separado da mulher há um ano. Os nomes das vítimas e do autor não são divulgados para não expor a filha do casal, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
As informações preliminares da Polícia Civil indicavam que, antes de cometer o triplo homicídio, o homem teria ido até a casa do ex-sogros buscar a filha de quatro anos e levado a menina, que morava com a mãe na casa dos avós, para a casa dos padrinhos. Porém, de acordo com o relato da Brigada Militar, o padrinho da criança, que é cunhado do autor, relatou à BM que havia recebido uma ligação, pedindo que fosse até a casa dos ex-sogros buscar a filha do casal.
Ao chegar na moradia, que fica no interior do município, o padrinho pegou a menina, que estaria chorando, voltou para a área central e acionou a BM. Uma guarnição foi até o local e se aproximou da casa com cuidado, já que o cunhado havia relatado aos policiais que Vivian tinha arma de fogo e, pelo temperamento, poderia entrar em confronto.
As vítimas foram encontradas já sem vida. Ao lado do corpo do autor havia uma espingarda calibre 12. A sequência de acontecimentos ainda será confirmada pela investigação da Polícia Civil, a cargo do delegado Tiago Baldin, de Veranópolis.
Prevenção ao feminicídio
- Se estiver sofrendo violência psicológica, moral ou mesmo física, busque ajuda imediatamente. Não espere a violência evoluir. Converse com familiares, procure unidades de saúde, centros de referência da mulher ou a polícia. É possível acessar a Delegacia Online da Mulher
- Caso saiba que alguma mulher está sofrendo violência doméstica, avise a polícia. No caso da lesão corporal, independe da vontade da vítima registrar contra o agressor, dado a gravidade desse tipo de crime
- Se estiver em risco, procure um local seguro. Em Porto Alegre, por exemplo, há três casas aptas a receberem mulheres vítimas de violência doméstica
- Siga todas as orientações repassadas pela polícia ou pelo órgão onde buscar ajuda (Ministério Público, Defensoria Pública, Judiciário)
- No caso da lesão corporal, o exame pericial para comprovar as agressões é essencial para dar seguimento ao processo criminal contra o agressor. Procure realizar o procedimento o mais rápido possível
- Caso passe por atendimento em alguma unidade de saúde, é possível solicitar um atestado médico que descreva as lesões provocadas
- Reúna todas as provas que tiver contra o agressor, como prints de conversas no telefone. No caso das mensagens, é importante que apareça a data do recebimento
- Se tiver medida protetiva, mantenha consigo os contatos principais para pedir ajuda. A Brigada Militar mantém em pelo menos 114 municípios unidades da Patrulha Maria da Penha que fiscalizam o cumprimento da medida
- Se tiver medida protetiva e o agressor descumprir, comunique a polícia. É possível acionar a Brigada Militar, pelo 190, ou mesmo registrar o descumprimento por meio da Delegacia Online. Descumprimento de medida pode levar o agressor à prisão
Fonte: Polícia Civil e Poder Judiciário do RS
Onde pedir ajuda
Brigada Militar
- Telefone — 190
- Horário — 24 horas
- Serviço — atende emergências envolvendo violência doméstica em todos os municípios. Para as vítimas que já possuem medida protetiva, há a Patrulha Maria da Penha da BM, que fiscaliza o cumprimento. Patrulheiros fazem visitas periódicas à mulher e mantêm contato por telefone
Polícia Civil
- Endereço — Delegacia da Mulher de Porto Alegre (Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia), bairro Azenha. As ocorrências também podem ser registradas em outras delegacias. Há 23 DPs especializadas no Estado
- Telefone — (51) 3288-2173 ou 3288-2327 ou 3288-2172 ou 197 (emergências)
- Horário — 24 horas
- Serviço — registra ocorrências envolvendo violência contra mulheres, investiga os casos, pode solicitar a prisão do agressor, solicita medida protetiva para a vítima e encaminha para a rede de atendimento (abrigamentos, centros de referência, perícias, Defensoria Pública, entre outros serviços).