Dois dias abandonado, com tique nervoso e sem conseguir mexer as patas. Foi assim que a auxiliar de serviços gerais e protetora animal Vanessa Saraiva Chaves, 30 anos, encontrou o vira-lata Thor às margens de uma avenida no bairro Morada do Vale I, em Gravataí, após um pedido de ajuda de moradores da região em 20 de setembro. Agora, ela pede apoio para custear o tratamento do cãozinho e outras necessidades. 

Para recuperar a mobilidade das patas, Thor precisa de fisioterapia. Vanessa o levou para uma consulta com uma profissional, mas, como está desempregada, não consegue pagar mais sessões. Por isso, a fisioterapeuta lhe ensinou alguns exercícios para que a protetora possa estimular as patinhas do cachorro e evitar que atrofiem. 

– Onde ele fez a fisioterapia tem vários equipamentos e estimulantes que ele usou na primeira sessão. Eu estou fazendo os exercícios em casa, não faço muito porque ele sente dor. Mas ele já está conseguindo mexer um pouco mais as patas da frente – relata. 

Doença 

A doença que deixou Thor desse jeito é chamada de cinomose, transmitida de forma viral entre animais. Segundo o que Vanessa conta sobre a consulta com a veterinária, o vírus está incubado no cachorro, porém, Thor chegou no estágio do problema em que o sistema neurológico é afetado. 

– A cinomose também pode apresentar outras sequelas e ele precisaria fazer acompanhamento com o veterinário. Há uns dias ele começou a sacudir a cabeça, acho que pode estar começando a desenvolver outros tiques nervosos – conta. 

Vanessa precisa de ajuda financeira para pagar as sessões de fisioterapia semanais, que custam R$ 100 cada, mas essa não é a única necessidade do cão. Ainda há as fraldas, tapete higiênico e remédios que geram gastos. Além disso, Thor tem dificuldade para mastigar, o que faz com que a protetora precise comprar uma ração especial com grãos menores.

Outros 22 animais em casa 

Hoje, Vanessa abriga 22 animais em sua casa, no bairro Granja Esperança, em Cachoeirinha, além de cuidar do pequeno Thor. Ela mantém a bicharada por meio de rifas e pedidos de doação de ração. 

– A primeira vez foi em 2015, eu achei uma caixa com oito filhotes perto de casa. Consegui doar e não fiquei com nenhum. Depois eu ajudava uma senhora que cuidava de uma cadela de rua que faleceu, ela tinha oito bebês e eu criei eles na mamadeira, aí doei. Então comecei por mim mesma, eu ia na rua, via um bicho em situação ruim, trazia e fazia feira – lembra. 

O resgate do Thor acendeu o alerta na protetora para a vacinação contra a cinomose. Por falta de condições financeiras, a última vez que os seus animais tomaram a vacina, que deve ser renovada anualmente, foi em 2021. Como a doença é contagiosa, ela gostaria de conseguir imunizá-los para evitar que outros bichinhos passem pelo mesmo que Thor está passando.

Saiba como ajudar

/// Contribuições em dinheiro podem ser feitas pela chave Pix 51985473393
/// É possível entrar em contato com Vanessa pelo telefone (51) 98547-3393

Produção: Caroline Fraga