No Centro Histórico
Demolição do Esqueletão deve ser concluída em maio; entenda as três etapas do processo
Prefeitura assegura que não haverá fechamento de estabelecimentos comerciais ou bloqueios no trânsito
A demolição do Esqueletão, como é conhecido o Edifício Galeria XV de Novembro, no Centro Histórico de Porto Alegre, envolverá três grandes etapas (entenda abaixo). O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (8), no Paço Municipal.
O prédio será demolido de forma mista, sendo os 10 primeiros níveis por implosão. A empresa encarregada do serviço será a Demolidora do FBI, a mesma que foi responsável pela derrubada do antigo prédio da Secretaria da Segurança Pública do RS há dois anos.
— O passo mais importante é essa demolição. Não tem como fazer sem um pouco de transtorno. Temos o entendimento de que os prédios ao lado não serão afetados — afirmou o prefeito Sebastião Melo.
A prefeitura garante que não haverá bloqueios de trânsito nem necessidade de fechamento do comércio no entorno. O material da demolição será retirado no turno da noite por caminhões. Quando isso acontecer, o trajeto será invertido na Rua Marechal Floriano Peixoto até a Voluntários da Pátria. Não foi definido ainda para que local o resto da demolição será encaminhado.
— Ninguém gosta de obra, só do resultado da obra. Vamos tentar fazer isso com o mínimo de transtorno possível — disse o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores na abertura da apresentação.
O engenheiro Manoel Jorge Diniz Dias, que foi o responsável técnico pelo projeto de derrubada da sede da SSP, participou da coletiva desta segunda-feira. Questionado por GZH se os prédios encostados ao Esqueletão não correm riscos de serem afetados em suas estruturas, o profissional citou a experiência da FBI.
— O risco zero não existe, mas assim como em outras obras, já convivemos com situações muito mais extremas em termos de risco e comoção. Não vou dizer que é uma obra fácil, representa um desafio — avaliou Dias.
Segundo a FBI, deverão ser utilizados 25 quilos de explosivos na implosão. Um total de 25 trabalhadores estarão em ação no canteiro de obras. Serão 12 mil toneladas de entulho para serem removidos do local.
O Executivo estima que até maio a obra de demolição do prédio esteja concluída. O custo da operação será de R$ 3,79 milhões, sendo que os recursos empregados são provenientes do próprio poder público municipal.
Reunião com comerciantes e moradores
A demolição do imóvel de 19 pavimentos e 13 mil metros quadrados será explicada durante encontro com os moradores e comerciantes da região, nesta terça-feira (9), às 18h, na Rua General João Manoel, 157, no 18º andar. Na oportunidade, será realizada uma reunião para maiores esclarecimentos sobre o processo.
A prefeitura também anunciou que será criada uma comissão com um calendário de acompanhamento das obras. Nas futuras reuniões desse grupo, haverá espaços para sugestões em relação aos trabalhos em execução.