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Risco à segurança

Pela segunda vez em 10 dias, parte de árvore cai sobre casas e impede saída de moradores no bairro Nonoai, na zona sul de Porto Alegre

Três residências foram atingidas por figueira que tombou na madrugada desta sexta-feira (26), no segundo episódio registrado no mesmo local desde a tempestade do último dia 16 

26/01/2024 - 21h45min


GZH

Parte de uma árvore caiu, bloqueando as entradas de três casas no bairro Nonoai, em Porto Alegre, na madrugada desta sexta-feira (26). A queda parcial coloca os imóveis e seus moradores em risco, já que ainda há galhos pendentes e prestes a cair sobre os telhados.

De acordo com o proprietário do terreno onde a árvore fica plantada, o aposentado Enio Soares de Castro, 79 anos, o episódio ainda é consequência do temporal que atingiu a Capital na terça-feira (16) da semana passada, quando outro pedaço da figueira já havia tombado e órgãos da prefeitura sido acionados, mas não realizaram poda ou tampouco remoção da estrutura. Naquela ocasião, apenas uma residência vizinha à de Castro havia sido atingida, e os moradores presos dentro do imóvel. Agora, além daquela, novamente, outras duas foram impactadas, incluindo a do aposentado. 

— O vizinho me avisou que a árvore estava estalando. Eu fui na frente de casa, cheguei na rua e ruiu esse galho enorme. É o resto da árvore que estava de pé e acabou caindo. Ainda tem um galho em cima da minha casa que eu estou esperando que os bombeiros retirem. Estou apavorado, se cair em cima da minha casa, vai afundar meu telhado — afirma Castro.

As casas atingidas ficam lado a lado, na Rua Frederico Etzberger, no bairro Nonoai, na zona sul da Capital.  

— Já acionei todos os órgãos de segurança: Defesa Civil, bombeiros, prefeitura, e não fizeram nada até agora. Um empurra para o outro. Só quero que tire o galho de cima da minha casa porque vai acabar ruindo sobre ela — apela Castro. — Tem vizinho que saía de casa pelo meu pátio e agora está preso dentro de casa porque não tem como sair — acrescenta.

Uma dessas pessoas é Daiane da Costa e Silva, surpreendida novamente pelo susto de ver a árvore vindo a baixo sobre a sua residência. Foi ela quem, no dia da tempestade, ficou trancada em casa com o marido, três crianças e um idoso com Alzheimer — cena que se repete nesta sexta-feira. 

— No dia do temporal, de madrugada, já tinha caído parte da figueira no nosso pátio. Chamamos os órgãos responsáveis e ninguém apareceu. A gente foi retirado de casa pelos bombeiros e conseguimos retornar depois da liberação da Defesa Civil. Agora, infelizmente, caiu outra parte e não tem como entrar nem como sair. Ainda tem mais um pedaço da árvore que está prestes a cair — relata.

Natan Felipe dos Santos Ramos, 22 anos, motorista de aplicativo, é morador da terceira casa afetada pela queda da figueira. Ele relata ter sido acordado pelo barulho da árvore caindo:

— Parecia um caminhão arrastando grades no chão. Acertou o carro, ficamos sem luz, atingiu a casa, arrebentou ar condicionado. É um prejuízo que quem vai pagar somos nós. 

Contatada por GZH, a prefeitura informou, por meio da Secretaria Municipal Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) informou que, "como a árvore está localizada em área privada, estamos encaminhando para a Defesa Civil". Por volta das 10h, Corpo de Bombeiros e equipes da Defesa Civil chegaram ao local e iniciaram os trabalhos de remoção das famílias e desobstrução das casas e da via.


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