Crime organizado
Polícia Civil encontra possível depósito de armas e drogas em Porto Alegre
Ação da 1ª Delegacia de Homicídios apreendeu pistolas com seletores de rajadas e carregadores, além de 1.503 munições, cocaína, maconha tipo skunk e crack
Uma operação na manhã desta terça-feira (2) levou agentes da Polícia Civil até o local apontado como centro de distribuição de drogas, no bairro Bom Jesus, na zona leste de Porto Alegre. A ação aconteceu depois que a investigação apurou informações sobre o planejamento de ataques por uma organização criminosa contra rivais, que ocorreriam na Capital. Assim, os policiais chegaram a uma residência seria utilizada para manutenção de arsenal e como base de preparação para homicídios.
— A polícia conseguiu localizar esta casa, no coração da Bom Jesus, que era utilizada como depósito de armas e drogas. Foram apreendidas armas, kit para rajadas e carregadores estendidos, material destinado à prática de crimes, provavelmente execuções — pontua a titular da 1ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa da Capital (DHPP), delegada Clarissa Demartini.
Conforme a delegada, os agentes apreenderam 1.503 munições e três pistolas calibre 9 milímetros, mais de dois quilos de cocaína, quase oito quilos de maconha tipo skunk e 160 gramas de crack, além de miguelitos (hastes de metal retorcidas usadas para furar pneus), balanças de precisão, plásticos para embalar drogas em porções e um caderno com anotações sobre movimentação financeira.
O local, descreve Clarissa, tem estrutura que sugere ter sido recentemente utilizado como moradia, pois mantinha divisão de cômodos e mobiliário. Porém, o que os policiais observaram, aponta a delegada, é que não havia roupas e estoque de alimentos, como é comum em casas ocupadas.
— Sugere para a gente a hipótese de que há pouco tempo havia uma família naquela casa, mas o local pode ter sido deixado pela imposição do tráfico. Isso está sendo investigado — diz a delegada.
Armamento
Clarissa afirma que a casa alvo da operação seria base para a preparação de atentados orquestrados pelo crime organizado.
— A gente observa o poderio bélico dessa organização criminosa, desses indivíduos que agem com extrema frieza. Observa também o volume de munições. O que se vê aqui são kits de rajadas, que fazem com que o poder letal dessa armas, agora apreendidas, seja muito maior — destaca.
A delegada afirma que as investigações prosseguirão para identificar pessoas responsáveis pela manutenção e guarnição do local e também das conexões que podem levar aos financiadores da operação.