Expectativa
Obras em lojas e restaurantes da rodoviária de Porto Alegre devem começar em agosto, estima associação
Responsável pela gestão do espaço comercial, Daer não confirma prazo para reabertura. Estabelecimentos estão fechados desde maio, quando o local foi atingido pela enchente
A Associação dos Empresários da Estação Rodoviária de Porto Alegre (Aeerpa) prevê que os lojistas possam começar a reforma dos estabelecimentos nos primeiros dias de agosto. A estimativa é de que as lojas menos afetadas pela enchente voltem a funcionar ainda na primeira quinzena do próximo mês.
O início dos trabalhos, entretanto, depende da autorização do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), responsável pela gestão dos espaços. O órgão ainda não confirma um prazo para a retomada.
São cerca de 70 lojas entre conveniências, restaurantes, comércios e guichês de vendas de passagens. O prejuízo parcial, considerando a parte interna dos estabelecimentos, gira em torno de ao menos R$ 8 milhões, conforme a associação.
— Tem loja em que não sobrou nada, porque era forrada com parte de madeira. Como a água subiu, os balcões flutuaram, gesso caiu também, então tu tens que fazer um negócio novo, começar de zero. Ali, a gente emprega, no mínimo, 650 pessoas direto — explica o presidente da associação, Cassio Elkik.
Após a água baixar, a limpeza dos espaços já foi feita. Agora, faltam as reformas internas para a reabertura. As lojas estão fechadas desde maio.
— A maioria vive dali. Tem que deixar essas pessoas trabalharem. O sustento vinha dali. Tem muitos que o dono mesmo, a mulher, o filho trabalha ali, mais dois ou três funcionários. Então, estão sem renda. Tiveram que tirar um pouco de economia, mas agora se foi, após três meses parados. A gente tá angustiado com o momento, mas acho que vai chegar agora, estamos no fim — projeta o presidente da associação, Cassio Elkik
De acordo com o Daer, o aluguel não está sendo cobrado dos permissionários desde maio. Um dos impeditivos para a retomada era a falta de energia elétrica na estação. O problema foi resolvido no início do mês, quando o local voltou a operar 24h.
Com todas as lancherias fechadas, ambulantes fixaram ponto na calçada diante dos guichês de passagens. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), equipes monitoram o local e orientam aos ambulantes.