Centro de Porto Alegre
Liberação total da demolição do Esqueletão depende de último ajuste vinculado a protocolo de segurança
A FBI Demolidora, responsável pela obra, obteve autorização para retomar de forma parcial o serviço de derrubada de quatro pavimentos do imóvel. Empresa e prefeitura estimam que conclusão do trabalho aconteça até dezembro
As obras de demolição do Esqueletão, no Centro Histórico, em Porto Alegre, foram liberadas de forma parcial na semana passada pelo Ministério do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul (MTE-RS). Ainda são necessários alguns ajustes para acontecer a liberação total do embargo.
— No que se refere ao prédio principal, o problema é o dispositivo que assegure que o último trabalhador, que esteja desmontando a última coluna do último andar, tenha um escape adequado perante algum tipo de problema — explica o superintendente regional do órgão, Claudir Nespolo.
O MTE-RS paralisou o processo de demolição em 27 de fevereiro, após identificar condições inseguras para os trabalhadores no canteiro de obras.
A FBI Demolidora, empresa responsável pelo serviço, ajustou parte do que foi sinalizado pela fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho.
Dessa maneira, obteve autorização para retomar de forma parcial o serviço de demolição de quatro pavimentos, com acesso pela Avenida Otávio Rocha.
O superintendente destaca que o ajuste necessário é algo relativamente simples de ser corrigido pela empresa para a obra ser totalmente liberada.
— É um dispositivo não tão complexo, existe no mercado e a empresa precisa se adequar a isso. Sempre terá um último pilar a ser demolido onde estará fixado o equipamento de segurança deste trabalhador. Este é o único ponto que tem para resolver e desinterditar todo o complexo — assegura Nespolo.
A FBI Demolidora estima concluir a demolição até dezembro. O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias, um dos responsáveis técnicos pela derrubada do imóvel, menciona que o prazo para a conclusão do trabalho é de quatro meses, e que o cronograma original será retomado.
— Acredito que seja este ano ainda — diz o engenheiro, após ser questionado sobre quando se dará o fim da demolição.
Dias antecipa que os protocolos de segurança serão ajustados durante o andamento das obras no Esqueletão.
— A partir daquela parte do fundo (Avenida Otávio Rocha), em paralelo serão complementados os procedimentos e protocolos de segurança, e o trabalho deverá ter uma sequência natural — observa o engenheiro.
Liberação da demolição deverá ser realizada por etapas
O secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), Rogério Bau, afirma que a liberação da demolição deverá ser realizada por etapas.
— A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego achou melhor liberar parte a parte, para acompanhamento. Não pode ser feita uma liberação total, pois eles irão acompanhar passo a passo a obra de demolição — fala.
Neste momento, ocorre a fase de remobilização do aparato ferramental, de mão de obra e de equipamentos. O canteiro de obras também está pronto para a retomada, mas necessita passar pela mesma remobilização.
Assim como a FBI Demolidora, a prefeitura de Porto Alegre projeta a derrubada até dezembro, mas reconhece que o cronograma poderá sofrer ajustes para assegurar a segurança dos operários no decorrer do trabalho.
— Durante as ações de desmonte desses quatro pavimentos, com monitoramento do ritmo dos trabalhos e com acompanhamento pormenorizado dos componentes de segurança, teremos condições de estabelecer um novo cronograma, o qual levará em consideração o equilíbrio do ritmo da demolição e os aspectos de segurança — conclui Bau, dizendo que um novo cronograma será apresentado nos próximos dias.