Tutorial
Jogo que simula eleições municipais está disponível para Android
No aplicativo Zona Eleitoral, o usuário aprende sobre o processo eleitoral criando estratégias para seu personagem vencer a disputa.
Já imaginou brincar de ser político? É isso que o jogo Zona Eleitoral, da Fisch Sibs, propõe aos seus usuários. No aplicativo, o jogador escolhe um personagem e tenta fazê-lo vencer a eleição. Assim, são realizadas diversas ações de campanha na cidade fictícia de Tubaúba, como adesivaço, comícios e encontros com lideranças comunitárias. A partir daí, a estratégia é que vai determinar qual dos personagens — o do jogador ou os comandados por inteligência artificial — vai vencer a disputa e ganhar o jogo.
Os irmãos paulistas Ana e Victor Fisch, junto com dois amigos, foram os idealizadores do aplicativo que, na última semana, teve sua versão beta lançada para smartphones com sistema operacional Android. O projeto teve recursos de editais do ProAC e da Lei Paulo Gustavo e, para Ana, representa uma possibilidade de ensinar sobre as eleições no país:
— Nosso objetivo principal é, além de que os usuários se divirtam, que conheçam melhor o processo eleitoral. Todos nós jogamos um jogo a cada dois anos, que é o jogo eleitoral, mas nem todos conhecem as regras, então, queremos que eles entendam esses princípios.
Como é
Quando o jogador abre o aplicativo, deve escolher quantos adversários terá e quais serão eles. Cada candidato fictício tem uma profissão e uma pauta que defende. Há o empresário, que luta pelo emprego, a professora de periferia que defende a educação, o pescador, que vai atrás de benefícios para a pesca, e o surfista, que tem como foco principal o surf.
No jogo, existem diversos bairros e cada um deles tem três assuntos mais sensíveis. É nesse momento que a estratégia entra em ação, para que o jogador consiga a maior quantidade de votos possível.
— Uma das candidatas é uma professora, então os bairros que vão ter mais preocupação com educação vão ter mais visibilidade na campanha dela. Cada candidato e bairro tem um perfil — descreve Ana.
Em cada turno, o jogador pode realizar as ações utilizando o recurso financeiro que tem disponível. Ao longo da campanha, o personagem vai ganhando apoiadores que podem ajudá-lo a vencer a disputa.
— No jogo, você pode ou comprar novas técnicas para melhorar a campanha, como contratar uma equipe de vídeos para fazer melhores gravações, ou ter um cabo eleitoral, que vai fazer encontro com as lideranças — exemplifica Ana.
Testes foram um sucesso
Antes de ser lançado oficialmente, o Zona Eleitoral foi testado em uma escola em Ubatuba, cidade em que os irmãos idealizadores moram. Ana conta que essa experiência foi muito enriquecedora para o desenvolvimento do projeto e fez com que eles vissem o impacto que o jogo poderia ter na vida dos usuários:
— Foi incrível. Os jovens que acham política super chato ficaram super interessados, falando que ficaram com vontade de saber mais. Então, a reação foi muito boa.
Ou seja, não precisa gostar de política para jogar o Zona Eleitoral. Na verdade, Ana destaca que entre os princípios do projeto está a neutralidade, para não contribuir com a polarização instaurada no país.
— Queremos que o jogo seja jogado por qualquer pessoa, de qualquer visão política. Tentamos trazer esse olhar que é mais neutro e focado no debate e na política com P maiúsculo. Espero que as pessoas sejam impactadas com esse conhecimento de forma lúdica e divertida — finaliza a idealizadora.
Como baixar
/// Atualmente, o jogo só está disponível para telefones com sistema operacional Android. Para baixar, acesse a Google Play Store e procure por Zona Eleitoral.
/// A versão para IOS será lançada em breve.
/// O jogo ainda está na versão beta, em que são identificados possíveis problemas. Se você identificar algum problema informe na comunidade do Discord.
Ficha Técnica
/// Idealizadores: Victor Fisch, Ana Fisch, Guilherme Janini e David Tennenbaum
/// Programadores: Ilex Games
/// Produtora parceira: Casa do Saci
/// Consultoria de acessibilidade: 7.1 Acessibilidade Criativa
*Produção: Elisa Heinski