Definido no Tribunal
Atlântico é eliminado do Gauchão de Futsal depois de abandonar a quadra em caso de injúria racial
Galo não retornou à quadra de jogo depois que o goleiro João Paulo relatou ter sido chamado de "macaco" por um torcedor do Guarany, no sábado
O caso de injúria racial, ocorrido no jogo entre Guarany e Atlântico, no sábado (30/11), foi julgado nesta quinta-feira (5) pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS). Na ocasião, a partida foi interrompida depois que o goleiro João Paulo, do time de Erechim, relatou ter sido chamado de "macaco" por um torcedor que estava no Ginásio Módulo Esportivo. A equipe optou por sair de quadra e não retornar.
Após 3h30min de julgamento, ficou definido que o jogo não será retomado e os três pontos da partida irão para o Guarany. A equipe de Espumoso, no entanto, foi condenada à multa de R$ 10 mil e mando de dois jogos com portões fechados. O Atlântico, além de perder os pontos em disputa e ser eliminado do Gauchão de Futsal, deverá pagar uma multa de R$ 100.
Já o torcedor que cometeu a injúria racial não poderá frequentar o Ginásio Módulo Esportivo por um período de 720 dias.
Guarany na final do Gauchão
Com a decisão do tribunal, o Guarany está classificado para a final do Gauchão de Futsal e enfrentará a Yeesco na decisão pelo título. As datas serão confirmadas pela Liga Gaúcha de Futsal (LGF).
Relembre o caso
O jogo, válido pela partida de volta da semifinal do Gauchão de Futsal, ocorria no Ginásio Módulo Esportivo, em Espumoso. O Atlântico venceu o tempo regulamentar por 4 a 1 e encaminhou a decisão à prorrogação. No entanto, aos 4min10s do tempo extra, quando o placa estava 1 a 1, a partida foi paralisada por uma denúncia de injúria racial.
O goleiro João Paulo, do Atlântico, relatou ter sido chamado de "macaco" por um torcedor do time da casa. O atleta chegou a identificá-lo, mas a segurança privada contratada pelo Guarany não se direcionou até o homem. Por isso, jogadores e comissão técnica do Atlântico optaram por não retomar à quadra.