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Demolição do Esqueletão é retomada depois de quase um ano embargada

Serviço foi suspenso em fevereiro do ano passado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) após inspeção do órgão apontar riscos aos funcionários. Em setembro, detonação foi retomada em prédio anexo, que já foi concluído

30/01/2025 - 11h05min


Zero Hora
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Hosana Aprato / Smoi / Divulgação
Trabalho de demolição já ocorre nesta quarta-feira (29).

A demolição do prédio da Galeria XV de Novembro, o Esqueletão, foi retomada na terça-feira (28). O prédio fica na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Centro Histórico.

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), do nono andar até o 19º a demolição será feita de forma manual. O prazo de conclusão deste trabalho está previsto para abril de 2025. 

Nos andares abaixo, até o térreo, será realizada implosão. De acordo com secretário municipal de Obras e Infraestrutra, André Flores, para esta segunda fase do trabalho é necessário que haja uma série de licenciamentos que vão desde o ambiental até o do Exército. 

— Há uma série de estudos, como o de impacto de vizinhança, que precisam ser aprovados pela área técnica da prefeitura para que seja realizada a implosão — explicou o secretário. 

A implosão, de acordo com Flores, ocorrerá em uma área isolada, e por esse motivo, acredita que não será necessário uma nova autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A retomada da demolição foi possível após o MTE assinar, no dia 16 de janeiro, um parecer favorável à retomada do serviço, que estava paralisado nestes pavimentos havia cerca de um ano por um embargo do próprio MTE, em fevereiro do ano passado, que vistoriou a obra e emitiu laudos apontando riscos aos trabalhadores envolvidos na demolição.

De acordo com a Smoi, foi instalada uma proteção para trabalho em altura. A empresa FBI Demolidora, responsável pelo serviço, atendeu as determinações de adotar procedimentos que minimizem os riscos aos trabalhadores.

O processo de demolição

O processo para demolição do Esqueletão começou em janeiro de 2024, com a instalação de telas para proteção — o envelopamento.

Pouco tempo depois, em fevereiro, o serviço foi embargado pelo MTE, após uma inspeção do órgão apontar riscos aos trabalhadores. 

O serviço ficou parado por quase sete meses, retomando no dia 4 de setembro em um prédio anexo ao Esqueletão, que tinha quatro andares.  A obra foi concluída em aproximadamente dois meses.

De acordo com o Smoi, a demolição está sendo executada com base em um calendário de operações, que precisou  ser readaptado em razão das novas orientações da Superintendência Regional do Trabalho do RS, do Ministério do Trabalho e Emprego, e das condições encontradas em campo.

Um novo calendário deve ser divulgado após conclusão da primeira fase de demolição.

Depois da demolição

Ainda não se sabe o que será feito com o terreno após a demolição do Esqueletão. O prédio tem cerca de 50 proprietários e há dívidas em IPTU. Em setembro de 2021, a Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) avaliou o imóvel em cerca R$ 3,4 milhões.

Já o custo da demolição será de R$ 3,79 milhões, que está sendo arcado pela prefeitura de Porto Alegre. Quem irá dizer como a administração municipal será ressarcida e qual será o futuro do terreno será o Judiciário.

Inacabado desde a década de 1950, o Esqueletão já foi interditado administrativamente pela prefeitura em pelo menos duas ocasiões, nos anos de 1988 e 1990. Também já houve interdição judicial em 2019.

Produção: Natália Piva

 


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