Eu Sou do Samba
"Fico orgulhoso de ter feito algo que se tornou parte da cultura popular", afirma Netinho de Paula, que faz show em Porto Alegre no domingo
Colunista Alexandre Rodrigues escreve sobre Carnaval e samba todas as quintas-feiras
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No próximo domingo (23), o já tradicional evento Samba de Rei traz a Porto Alegre o músico Netinho de Paula. A festa ocorre a partir do meio-dia, na quadra da Banda Saldanha (Avenida Padre Cacique, 1.355). Os ingressos — que já estão no último lote — custam a partir de R$ 45 e podem ser adquiridos pela plataforma Sympla, com taxa.
Consagrado como vocalista do grupo Negritude Júnior, Netinho marcou época nos anos 1990 com sucessos como Cohab City, Beijo Geladinho e Tanajura, que embalaram uma geração de apaixonados pelo pagode romântico. Além da carreira musical, ele também fez história na televisão, comandando programas de auditório e se tornando uma das figuras mais conhecidas do gênero no Brasil.
Antes de desembarcar na Capital para o Samba de Rei, o cantor conversou com a coluna sobre sua trajetória e o que o público pode esperar de seu show. Confira.
O Samba de Rei tem a proposta de valorizar o samba e a cultura negra. Como você enxerga a importância de eventos como esse para a cena musical e para a comunidade?
O Samba de Rei representa um marco significativo na valorização do samba e na promoção da cultura negra, elementos fundamentais da nossa identidade nacional. Eventos como esse são essenciais, pois não apenas celebram nossas tradições, mas também resgatam a história e promovem a inclusão das comunidades afro-brasileiras na cena musical contemporânea. Essa valorização é vital, pois fortalece nossa cultura e educa as novas gerações sobre a riqueza do samba.
O Negritude Júnior marcou gerações com diversos sucessos. Como é para você ver essas músicas ainda tão presentes no coração do público?
É uma alegria imensa. Essas músicas não são apenas hits, representam momentos e histórias de vida. O fato de continuarem a tocar em festas e celebrações é um testemunho da conexão emocional que estabelecemos com nosso público. Fico orgulhoso de ter feito parte de algo que se tornou uma parte significativa da cultura popular.
Qual lembrança mais marcante você tem do Rio Grande do Sul?
Uma lembrança muito especial que guardo do Rio Grande do Sul é a calorosa recepção do público gaúcho. As apresentações aí no Estado são sempre marcadas por uma energia contagiante, e a conexão que sinto com as pessoas é única. A culinária e as tradições locais também deixaram uma impressão forte em mim, enriquecendo ainda mais minha experiência na região.
Além dos clássicos do Negritude, o que o público pode esperar do seu show em Porto Alegre? Alguma surpresa especial?
O público pode esperar uma performance vibrante e cheia de surpresas. Estou preparando um repertório que mistura sucessos nostálgicos com algumas novas composições em que tenho trabalhado. Será uma verdadeira homenagem à cultura do samba e ao nosso povo, proporcionando um encontro inesquecível entre a música e a emoção. Aguardem, será uma festa maravilhosa!