Tradicionalismo
Segunda edição do Enart pré-mirim, mirim e juvenil ocorre neste fim de semana em Erechim
Festival reúne invernadas e artistas crianças e adolescentes para celebrar a cultura e as artes gaúchas


Seis anos após a primeira edição ter mobilizado milhares de jovens em torno da cultura do Rio Grande do Sul, o Encontro de Artes e Tradição (Enart) pré-mirim, mirim e juvenil está de volta. Neste fim de semana, um dos mais importantes festivais de danças tradicionais do Estado fará a segunda edição de sua versão para os menores de 17 anos.
Serão três dias de competições nas modalidades de danças tradicionais, danças de salão, chula, declamação, interpretação vocal e gaita de botão, em Erechim, no norte do Estado.
O evento é organizado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG-RS) e pela 19ª Região Tradicionalista (RT), em parceria com a administração municipal e a Secretaria de Turismo do RS.
Serão mais de 2 mil participantes, 80 grupos de danças tradicionais, oito palcos e três dias de festas e manifestações da arte gaúcha.
Vice-presidente artístico do MTG, Luis Afonso Torres comemora a retomada dessa iniciativa. Segundo ele, a organização do evento é uma forma de mostrar que a entidade está comprometida com a valorização dos jovens.
— O objetivo desse festival é justamente trazer para as crianças um evento que o movimento tradicionalista faça. O Enart adulto é o maior festival amador da América Latina, mas até agora o MTG não tinha eventos organizados para essas idades — afirma.
A primeira edição ocorreu há seis anos, em Soledade, também no norte do Estado. De acordo com o vice-presidente do movimento, a pandemia e as trocas de gestão atrasaram a repetição da iniciativa.
Participação
Devido ao alto número de inscritos que se repetiu desta vez, foi necessário fazer um sorteio dos grupos que disputariam na categoria de danças tradicionais. Por isso, os campeões da edição anterior (CTG M’Bororé, na categoria mirim, e CTG Tiarayu, na categoria juvenil) não estarão presentes.
As invernadas da categoria pré-mirim, até nove anos, apenas se apresentam, mas não disputam prêmios. Segundo Luis Afonso, essa é uma medida para valorizar mais a participação das crianças do que a competição entre elas.
— Elas precisam é brincar, se divertir. Apesar de ser um concurso, eles precisam ser eles. A gente não pode cobrar algo que a gente cobra dos adultos tecnicamente. A gente precisa deixar que elas (crianças) estejam lá e sintam o prazer de estarem se apresentando, dançando, cantando e fazendo as suas demonstrações artísticas — avalia.
Para conferir a programação, acesse o perfil do MTG no Instagram.
*Produção: Guilherme Freling