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Em 60 horas

Porto Alegre registra ao menos 14 pessoas atropeladas no último final de semana

Nos sete primeiros meses do ano, atropelamentos deixaram 22 vítimas na Capital, informa a EPTC

08/10/2025 - 15h39min


Guilherme Gonçalves
Guilherme Gonçalves
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Jonathan Heckler/Agencia RBS
Levantamento considera o período entre as 6h de sexta-feira até às 6h da segunda-feira.

Ao menos 14 pessoas foram atropeladas em Porto Alegre no último final de semana. O dado está no balanço de acidentes de trânsito feito pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). O levantamento considera o período entre as 18h de sexta-feira (3) até as 6h da segunda-feira (6).

No total, foram registradas 159 ocorrências em 60 horas, o que representa, em média, um acidente a cada 23 minutos. Desses registros, 72 envolveram lesões corporais, 73 resultaram em danos materiais e 14 foram atropelamentos. Apesar do número elevado de registros, não houve mortes em vias da Capital no último final de semana.

As ocorrências são registradas pelos agentes de fiscalização da EPTC em uma plataforma integrada ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública. Segundo a empresa pública, a integração permite o "gerenciamento de ocorrências de emergência através de tecnologias" e "a integração entre centrais de comando e unidades operacionais".

Mesmo assim, a EPTC diz que não tem mais detalhes sobre as ocorrências, pois elas estariam sendo investigadas pela Delegacia de Delitos de Trânsito da Polícia Civil. Por este motivo, a reportagem não obteve informações sobre o perfil das vítimas e nem dos locais onde os atropelamentos ocorreram.

22 mortes no ano

Segundo a EPTC, os atropelamentos estão entre as ocorrências consideradas mais preocupantes, pois envolvem pedestres. Esse tipo de caso, na maioria das vezes, resulta em ferimentos graves, diz a empresa pública.

Nos sete primeiros meses de 2025, a EPTC registrou 22 mortes em atropelamentos na Capital, sendo esse o principal causador de óbitos no trânsito.

Os atropelamentos ficam na frente de abalroamentos (colisões laterais), com 17 mortes; choques entre veículos, 11 vítimas; colisões, duas mortes; além de dois óbitos provocados por quedas. Ao todo, 54 pessoas morreram no trânsito de Porto Alegre até o final de julho de 2025.

A última morte por atropelamento registrada em Porto Alegre aconteceu há dois dias. Na última segunda, uma mulher de 40 anos, junto com seus dois filhos, atravessou uma faixa de segurança na Avenida Osvaldo Aranha enquanto o sinal estava verde para veículos. Um carro atropelou a mulher, que morreu — as crianças ficaram vivas.

O caso ainda não consta no levantamento anual da EPTC, atualizado até julho, nem no registro do último final de semana, uma vez que aconteceu após as 6h de segunda.

Atenção, pedestres

Gerente de educação da Escola Pública de Mobilidade da EPTC, Leandro Coelho diz que metade dos casos de atropelamento com morte registrados neste ano são de pessoas acima de 60 anos de idade.

— As pessoas esquecem de respeitar o óbvio, que é atravessar na faixa de segurança e quando o sinal está vermelho para carros. Mesmo que a faixa de segurança tenha semáforo, antes de iniciar a travessia, veja se todos os veículos pararam. Se vai atravessar fora da faixa porque não tem nenhuma perto, olhe bem para os dois lados, tenha certeza de que vai fazer a travessia tranquilamente — orienta Coelho.

Jonathan Heckler/Agencia RBS
Dos 22 mortos por atropelamento até julho, metade tinha mais de 60 anos.

Para evitar atropelamentos, o gerente de educação da EPTC também sugere não usar celular ao atravessar a rua e que se evite estar com fone de ouvido. 

— Isso tira muito a atenção para escutar o som dos veículos se aproximando. Há desnível em calçadas. É comum a pessoa não perceber a altura do meio-fio, pisar errado e se desequilibrar. Isso gera muitos atropelamentos, principalmente em corredores de ônibus — completa Coelho.


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