Nesta quarta-feira, o Hotel Deville, em Porto Alegre, foi a sede do começo de um sonho para dezenas de jovens talentos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Em salas do local, no Bairro Anchieta, aconteceu a seletiva regional para a edição 2017 do The Voice Kids, que vai ao ar a partir de oito de janeiro.

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Em cada corredor, era possível notar a ansiedade e expectativa de pequenos de nove a 15 anos, que tentavam a chance na segunda edição do reality. Nesta quinta-feira, no mesmo local, acontece a seletiva para a edição adulta do The Voice, com candidatos a partir de 16 anos. Mas fique atento: a exemplo da seleção de hoje, a desta quinta-feira acontece somente com candidatos que já haviam sido previamente escolhidos pela produção do programa.

Com a benção do mestre

Tímido, mas talentoso com a gaita, o paranaense João, 12 anos, desfilava orgulhoso com seu instrumento. Em uma espécie de estojo que guardava a inseparável companheira de qualquer acordeonista, um nome bordado dava a dica de que aquele acordeão era de alguém especial.

O menino foi descoberto por Gildinho, dos Monarcas, um dos grandes nomes do gênero no Brasil, há cerca de cinco anos, em um festival de novos talentos, em Pato Branco, no Paraná.

– Ele gostou e disse que eu tinha de vir fazer aulas, em Erechim, na Escola de Belas Artes – explicou o jovem talento, depois de soltar a voz, em uma das salas de audição, em Saudade da Minha Terra, com um vozeirão que chamou a atenção de quem estava nos corredores.

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Depois do encontro, João passou a frequentar aulas de música no local, tendo como professor Tiago Machado, outro dos gaiteiros dos Monarcas.

Na segunda-feira, quando João participou de uma prova na escola, em Erechim, Gildinho estava por lá e soube que o pequeno participaria das audições.

– Ele fez questão que eu trouxesse a gaita dele. E sei que ele não a empresta para ninguém, foi uma honra – relembrou o jovem.

"Sou um privilegiado", afirma diretor-geral

Diretor das duas versões do programa, Creso afirmou que a seleção não procura perfis específicos de candidatos, mas pretende mostrar o que elas trazem em seu interior, para deixar as tardes de domingo, quando o programa será exibido, mais leves.

– Costumo dizer que sou privilegiado em fazer parte disso tudo. Temos surpresas o tempo inteiro, e cada kid é único, aprendemos muito na primeira temporada do programa, que foi espetacular – comentou.

Mesmo com o êxito do primeiro The Voice Kids, Creso comenta que o clima na produção do programa é de total humildade.– No dia seguinte ao final, a gente colocou o pé no chão e passamos a reconstruir tudo de novo, do zero. Temos que ter humildade diante de toda essa grandeza que é poder proporcionar leveza às pessoas, e esperança com as crianças, que representam o futuro – finalizou.

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