O ator Guilherme Karam morreu na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, segundo o jornal Extra. Ele estava internado há cerca de dois anos no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte da cidade, tratando da síndrome de Machado - Joseph, uma doença degenerativa. A informação foi confirmada ao jornal por familiares do ator. Segundo o G1, nos últimos anos, ele viveu isolado em sua casa no Rio

A doença, herdada da mãe, é genética e hereditária, podendo ser transmitida pelo pai ou mãe. A doença é causada por uma mutação no gene do cromossomo 14, que gera uma proteína anormal (a ataxina 3) que se acumula dentro de algumas células do cérebro e tem como sintomas falta de coordenação, dificuldade em caminhar e desequilíbrio do eixo corporal, além de debilitação da deglutição. O portador perde os movimentos, até o ponto de precisar de uma cadeira de rodas para se locomover. Três irmãos do ator já apresentaram a doença e dois morreram em sua decorrência.

Guilherme Karan está há um ano hospitalizado, vítima de doença genética

O último trabalho de Guilherme Karam na televisão foi na novela América, em 2005, quando viveu Geraldito.

Um dos mais marcantes trabalhos de Karam foi no humorístico TV Pirata, quando eternizou nomes como Zeca Bordoada, e o capanga Agronopoulos. Em novelas, Karam se destacou, principalmente, na novela Meu Bem, Meu Mal, atualmente em reprise no Viva, quando interpretava o mordomo Porfírio, apaixonado por Magda (Vera Zimmermann), amiga de Vitória (Lizandra Souto). Sempre que via a loira, na época um dos destaques da tevê, ele soltava o bordão que ficou eternizado: "Divina Magda", exaltando a beleza da loira.

Karam começou sua carreira nas telinhas em 1984 na novela Partido Alto, como Políbio. Também atuou em outras novelas como Dona Beija (1986), na extinta TV Manchete, Perigosas Peruas (1992), Explode Coração (1995), Pecado Capital (1998) e O Clone (2001). No cinema, também teve destaque no filme, ao interpretar Baixo-Astral, no longa Super Xuxa contra Baixo Astral (1988), e também atuou em Xuxa e os Duendes (2001) e Xuxa e os Duendes 2. (2002).

Em setembro do ano passado, o pai do ator deu uma entrevista ao jornal Extra, comentando que o estado de saúde de Karam havia piorado. Segundo o jornal Extra, o ator era dependente do pai, mas recebia um salário da TV Globo.

Guilherme Karam perdeu a mãe e dois irmãos com a mesma doença.

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