Coluna da Maga
Magali Moraes conta o que não pode faltar no churrasco de domingo
Domingo e churrasco, que combinação gostosa! Saudade de pão com alho, salsichão, vazio, costela e aquela saladinha de batata pra arrematar. Pimentão na grelha também é bem-vindo. Depois, sobremesa e cafezinho. Mas não é qualquer domingo, tem que estar todo mundo em casa. Esse é o tempero secreto. Aí, sim, o churrasco fica perfeito. Pode faltar farinha, sal grosso, pra tudo dá-se um jeito. Desde que não tenha cadeira vazia.
Tomar chimarrão é um hábito que a família ainda não aprendeu. Então é ao redor do fogo da churrasqueira que nós honramos as tradições gaudérias. Em algum momento do sábado, alguém vai perguntar se tem churrasco no domingo. Claro! Melhor botar mais um saco de carvão na lista. A parte de calcular a quantidade de carne por pessoa não é comigo (ou sobra carreteiro pra semana toda). O assador se vira nos 30 e consegue agradar a turma que prefere carne ao ponto (levemente vermelhinha), sem esquecer de garantir os pedaços quase crus dele. Nenhum churrasco sai igual ao outro, por isso é legal.
Família reunida
Saudade dessa função! Na verdade, eu tô com saudade é do assador. Saudade dele perguntar no supermercado que tipo de carne leva e decidir sozinho. De ouvir ele reclamar que a gente comeu tanto pão e salsichão que vai perder a fome. De ficar conversando ali junto, enquanto ele faz o fogo e fica de olho nos espetos. De comer só mais um pedacinho. De pedir elogios se fui eu que temperei a galinha. De cada um limpar a sua parte no final e ver quem termina primeiro.
Churrasco bom tem que ter a família reunida. Com o assador viajando, perde a graça. Antes fui eu, agora é ele. Um mês sem usar a churrasqueira. Estamos quase perdendo a cidadania gaúcha. Devia ser proibido viagens a trabalho que comprometem o sagrado churrasco de domingo. Depois de amanhã, o assador volta (não a tempo de sentar com a gente na mesa). Mas volta! E como ele faz falta.