Estrelas da Periferia
Fé no nativismo com um pé no sertanejo: conheça o cantor Luis Miguel
Com 25 anos de carreira gaudéria, artista começou a notar a força do sertanejo e incluiu canções do gênero em seu repertório.
Morador do Bairro Jardim Carvalho, na Zona Leste da Capital, o cantor nativista Luís Miguel exibe uma trajetória de veterano no universo do nativismo. Tem mais de 300 canções compostas e já morou em Minas Gerais. Apesar desses números, gravou o seu primeiro disco, Mundo Moderno, somente em 2012, pela Vertical. O mais recente, Não Sou Bairrista, foi gravado de maneira independente.
— Cantei muito em bar. Fundei o grupo Bico Seco, que não existe mais, compus alguns boleros. Fiz muita coisa, e, em 2000, decidi migrar para a carreira solo — recorda Luís.
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Mescla curiosa
Mesmo com a paixão pela música regionalista, o cantor foi notando que o mercado gaudério apresentava as suas dificuldades. Ao gravar o primeiro disco, saiu em turnê pelo Interior com o álbum. Mas, em um show em Porto Xavier, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, se surpreendeu ao ouvir alguns pedidos vindos da plateia.
— Eles queriam que eu cantasse sertanejo. Eu disse que não teria problema, que cantaria. De lá para cá, vejo como cada público se comporta e insiro alguns sertanejos. Não tem como fugir, é um ritmo que tomou conta — reconhece o artista, conectado com o seu público.
Para acompanhar o mercado da música, que tem o clipe como vitrine do trabalho de um artista, Luís afirma que pretende gravar os seus primeiros vídeos em 2018.
— Acredito que a faixa Menina Louca, que fala de coisas mais atuais, será uma das escolhidas — afirma.
Apesar as dificuldades, o trabalho autoral de Luis vem colhendo frutos. Em meses normais, ele faz uma média de cinco shows. Em setembro, mês Farroupilha, a agenda deve fechar em oito:
— Espero fechar mais shows até o fim de setembro.