Litoral em festa
"Levarei para o Planeta Atlântida o melhor da minha turnê", diz Thiaguinho, atração da segunda noite
Pagodeiro, ao lado de nomes como Henrique & Juliano, toca neste sábado (dois), no festival
Depois do requebrado de Anitta, do som praiano de Armandinho e de Vitor Kley e do show eletrizante de Wesley Safadão nesta sexta-feira (1º), prepare-se para a segunda noite de Planeta Atlântida, neste sábado (dois), na praia de Atlântida, no Litoral Norte. Na sua 24ª edição, o festival terá apresentações que se caracterizam pela diversidade: pagode (Thiaguinho e Atitude 67), rock (Capital Inicial e Pitty), sertanejo (Henrique & Juliano), pop teen internacional (Clean Bandit) e música eletrônica (Alok).
Em entrevistas exclusivas com duas das mais bombadas atrações — Thiaguinho e Henrique & Juliano —, veja o que esperar para entrar em órbita nesta segunda noite de Planeta!
Para todas as gerações
Pela segunda vez, Thiaguinho se apresentará no Planeta Atlântida _ a primeira foi em 2016. No palco principal, o paulista, 35 anos, apresenta o EP AcúsTHico 3, lançado no fim dezembro do ano passado, que traz seis faixas, sendo duas inéditas (Miopia Ocular e Eu Odeio te Amar), além de sucessos que integram a sua atual turnê, Só Vem, como os hits Energia Surreal, Ponto Fraco e a própria Só Vem. Em entrevista por e-mail ao Diário, este antigo conhecido dos gaúchos promete um show pra lá de embalado.
E destaca que tem um carinho muito especial pelo Rio Grande do Sul.
— Amo o público daí! Levarei para o Planeta Atlântida o melhor da turnê, do meu último álbum de inéditas e canções que não podem ficar de fora do meu show, como algumas que integram o meu projeto Tardezinha (que reúne hits de Thiaguinho e do pagode nacional) — anuncia o músico.
Troca incrível
Thiaguinho, que mantém uma antiga relação com a gauchada e com a música feita por aqui - ele já gravou, por exemplo, a canção Loka, Loka, do Pura Cadência -, afirma que a troca com o público "é incrível". E garante que se sente honrado em tocar em um festival como o Planeta.
— Subir no palco e ver todas aquelas pessoas cantando e dançando as minhas músicas é sempre emocionante. Estou muito feliz de estar de volta ao Planeta Atlântida, um festival tão importante. Sempre que vou ao Rio Grande do Sul, sou muito bem-recebido. Então, é sempre um grande prazer estar por aí — anuncia a estrela cheia de carisma.
Reunião pagodeira
Um dos diferenciais do show de Thiaguinho, que vai reunir fãs do pagode mais antigo e do mais atual, é a dobradinha que ele fará com o grupo Atitude 67, apadrinhado pelo cantor. A turma estourou em 2018, com o hit Cerveja de Garrafa.
O grupo também de pagode se apresentará, primeiro, sozinho, a partir das 23h30min. Depois, é a vez de Thiaguinho subir ao palco. Por fim, os dois se reúnem para mais algumas músicas em parceria.
— Os meninos são supertalentosos! Me sinto abençoado de fazer parte da história deles e de poder contribuir de alguma forma. Fico encantado com a singularidade do som, é uma mistura de ritmos sensacional! Estamos felizes em fazer esse show juntos — diz Thiaguinho.
Ao Diário Gaúcho, ele dá um spoiler anunciando que cantará, com os afilhados, o mais recente hit da banda, Saideira:
— Teremos, ainda, uma surpresa que estamos preparando. O público não perde por esperar!
Estreia dos sertanejos de Tocantins
Em sua estreia no Planeta Atlântida, uma das duplas mais fortes da safra mais recente de sertanejos, Henrique, 29 anos, & Juliano, 28, apresentam, em primeira mão aos gaúchos, a canção Granada. Seu clipe foi lançado na quarta-feira passada e, em dois dias, ultrapassou 500 mil visualizações no YouTube.
Além da mais recente faixa, uma das canções que não deve ficar de fora é a responsável pelo estouro dos sertanejos de Palmeirópolis, no Tocantins: Cuida Bem Dela, composição de Marília Mendonça, que tem mais de 254 milhões de acessos no YouTube. A dupla começou a ficar conhecida na Região Norte em 2012, com Vem, Novinha.
Em 2014, com o DVD Ao Vivo em Brasília e a canção Não Tô Valendo Nada, com participação de João Neto & Frederico, veio o sucesso nacional.
O que esperar do show?
Henrique — É a nossa estreia no Planeta, e estamos muito felizes. Queremos levar música boa e curtir demais com a galera, que pode esperar as que já marcaram a nossa carreira e as que lançamos há pouco tempo, no DVD Menos É Mais, como Quem Pegou, Pegou, Cidade Vizinha, Rua Recaída e outras deste projeto.
É um show de festival. Mais curto do que, normalmente, fazem. Como se preparam?
Juliano — Nós montamos um repertório, mas, às vezes, acontece de mudar ali mesmo, no palco. Nossa banda já esta acostumada. Vamos de acordo com o ritmo da galera. O importante é curtir junto.
Em festas e feiras no interior do Rio Grande do Sul, os shows de vocês estão sempre lotados. Como é esta troca com os gaúchos e como está a expectativa para um dos maiores festivais do país?
Henrique — Temos fãs sensacionais por aí! A galera sempre vai prestigiar o nosso trabalho, e ficamos muito felizes com este carinho. Tenho certeza de que teremos uma experiência muito boa no Planeta.
De uns anos para cá, o sertanejo ganhou destaque no Planeta. Antes, ficava em palcos paralelos. Como veem este crescimento?
Juliano — O sertanejo conquistou espaço e admiração no Brasil todo. Hoje, não existem mais divisões, e isto é bom para todos: para os fãs, para os artistas. Tem espaço pra todo mundo, e isto é muito bom.
Rock cheio de flerte
Roqueira, baiana arretada e cheia de postura. Pitty, 41 anos, apresenta a turnê Matriz, explorando os ritmos para além do rock. O disco, que também dá nome à turnê, fortalece o discurso do início da carreira da roqueira, marcado pelo famoso refrão "o importante é ser você, mesmo que seja estranho".
No CD, assim como no show, Pitty flerta com ritmos como o reggae, pop e o rap. Além de faixas novas, como Te Conecta e Contramão, os planetários poderão curtir hits como Equalize, Me Adoro e Teto de Vidro.
Chega com muita lenha para queimar!
Um dos representantes do rock no Planeta, cenário habitual de grandes performances do grupo desde o começo dos anos 2000, Capital Inicial traz ao palco principal um show repleto de hits, mas que reservará espaço para o mais recente álbum dos brasilienses.
Sonora, disco forte e surpreendente, que remete ao auge do grupo, foi lançado no fim de 2018. No álbum, Dinho Ouro Preto e seus parceiros chamaram Lucas Silveira (Fresno), Gustavo Bertoni (Scalene), Fernando Badauí e Phil Fargnoli (CPM 22) e Emmily Barreto e Cris Botarelli (Far From Alaska) para tentar, ao mesmo tempo, manter a marca do Capital e buscar novos ares com a jovem geração do rock nacional.
Uma mescla que promete ficar evidente na performance que o grupo prepara para a noite deste sábado. Além de novas faixas, como Universo Paralelo, os roqueiros trarão sucessos como Primeiros Erros, À Sua Maneira, Natasha e Não Olhe pra Trás.
Serviço e ordem dos shows
— 19h - Pitty
— 20h30min - Clean Bandit
— 22h - Capital Inicial
— 23h30min - Thiaguinho + Atitude 67
— 1h30min _ Henrique & Juliano
— 3h - Alok
— Quando: neste sábado (dois). Os portões abrem às 16h.
— Onde: Saba, Avenida Interbalneários, 413, no centro da praia de Atlântida
— Ingressos: solidário e Clube do Assinante a R$ 247 (arena individual) e R$ 432 (camarote individual), à venda na bilheteria do evento, na Saba, das 10h às 19h.
—O festival tem realização do Grupo RBS e da DC Set Produções.