Mayra Cardi voltou a levantar polêmica nas redes sociais nesta sexta-feira (17). No ano passado, a ex-BBB causou indignação por conta de um vídeo em que mostrava seu filho recém-nascido se debatendo com uma toalha no rosto. Desta vez, a musa fitness gerou revolta entre seus seguidores ao falar sobre depressão.

— Obviamente, para que se consiga sair da depressão, existem processos desde a psicologia e o de coach, usando algumas técnicas resgatando algum sentimento e coisas que o cliente goste. Existem outras possibilidades na medicina — indica a influencer, em vídeo publicado no Instagram.

Além disso, Mayra disse que a medicação causa "um stop na pessoa" para que ela "olhe para a dor". 

— Não sou a favor do remédio, deveria ser visto como uma última opção — disse ela, em outro trecho.

Nos comentários da publicação, usuários criticaram a postura e o discurso da ex-participante do Big Brother Brasil. "Mayra é uma irresponsável", escreveu uma pessoa. "Agora sim, o mal do século vai acabar, depressão, porque a life coach  Mayra Cardi entrou na jogada...", disse outra.

Sem fundamento 

Flavio Shansis, presidente da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, diz que Mayra Cardi "fala coisas incrivelmente absurdas". Ele lembra que a depressão é extremamente comum e que "não faz nenhum sentido" a influencer justificar a doença como algo relacionado ao passado e ao futuro.

Além disso, Shansis reitera que um quadro de depressão pode ser leve, moderado ou grave – e que, em nenhum caso, o coaching tem autorização para tratar:

— As leves podem ser tratadas com psicoterapia, não sendo coaching, e nas outras modalidades, é preciso medicação. Essa questão de que a "medicação faz um stop" faz nenhum sentido. Ela mesmo se contradiz ao mostrar a imagem dos cérebros. O remédio exatamente age nisso. 

Sendo um problema de saúde pública, a depressão atinge uma média de 12% da população de todo o mundo. 

— A depressão não pode ser encarada da forma como ela faz. É uma pena que usa a rede social para trazer informações que não têm cientificidade nenhuma.

Ele frisa que a Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul e qualquer academia discordam das afirmativas de Mayra Cardi.