Quem divide as atenções dos pais desde o nascimento sabe que, muitas vezes, a rivalidade aflora. Colocar a culpa no maninho por travessuras da infância, brigar feio e ter uns arranca-rabos acaba sendo normal no período da infância. 

O problema é quando a relação conturbada atravessa o tempo e chega até a fase adulta. Na ficção, irmãos e irmãs se transformam em inimigos mortais, a ponto de desejarem a infelicidade do sangue de seu sangue. Inveja, ciúme da atenção dos pais, mesmo interesse amoroso, dinheiro ou simples maldade. São vários os motivos que provocam ódio onde deveria existir amor fraternal. O fato é que o público adora ver esse contraponto em cena. Relembre outros casos de maninhos que se revelam verdadeiros rivais na telinha. 

Vão sair no tapa

Fabiana (Nathalia Dill), a rancorosa ex-noviça de A Dona do Pedaço, cresceu em um convento, mas não colocou em prática o aprendizado religioso. Pelo contrário: o seu objetivo é destruir a vida da irmã, Vivi Guedes (Paolla Oliveira), a qualquer custo. Vale usar e abusar da carinha de santa para manipular a situação a seu favor. 

Nos próximos capítulos, a máscara da malvada irá cair, provocando o esperado embate, com direito a troca de tapas.

Pedra no sapato

Em Verão 90, Jerônimo (Jesuíta Barbosa) sempre quis ser rico e famoso. O problema é que João (Rafael Vitti), sabendo da má índole do brother, tentou acabar com os planos do pilantra. E pagou caro por isso. 

O vilão armou para colocar o irmão na cadeia, onde amargou três anos por um crime que não cometeu. Até o final da trama, no dia 26, devem ocorrer alguns embates nada fraternais entre eles.

"Véi", que pilantra!

Na novela Segundo Sol (2018), enquanto brilhava nos trios elétricos e entoava seu Axé Pelô pelo Brasil, Beto Falcão (Emilio Dantas) nem imaginava que o inimigo estava bem próximo. Empresário e confidente do irmão, Remy (Vladimir Brichta) aproveitava a ingenuidade do cantor para roubar, superfaturar e até lucrar com a falsa morte de Beto. 

Não bastasse, ainda era amante da mulher do irmão. E Karola (Deborah Secco), sua cúmplice de maldades.

Iguais, mas diferentes

Nathalia Dill já tem experiência como "irmã falsiane". Em Rock Story (2016) Julia foi presa por tráfico de drogas e passou a novela inteira tentando provar sua inocência. 

A mentora do golpe, na verdade, era a irmã gêmea da mocinha, Lorena. A semelhança com a verdadeira bandida da história tornou a saga de Julia ainda mais dramática, deixando-a na mira de gente perigosa.

Na reta final, Lorena se arrependeu. E, antes de morrer, fez questão de inocentar a irmã.

Salgou a Santa Ceia

"Meu doce, eu tenho que te dar uma notícia amarga". Reconhecem o sarcasmo e a falsidade dessa frase?

Só poderia ser dele: Félix Khoury (Mateus Solano). Insensível à irmã, Paloma (Paolla Oliveira), o vilão jogou a sobrinha recém-nascida – que apelidou de "ratinha" – em uma lixeira, depois de mentir para a mana que o bebê havia sumido. Tudo porque queria ser o único herdeiro do papi soberano, César (Antonio Fagundes). O acerto de contas entre os manos foi o ápice de Amor à Vida (2013).

Só no sapatinho

Explodir um shopping foi só uma das maldades de Sandrinha (Adriana Esteves) em Torre de Babel (1998). Bem antes de se revelar a grande vilã da história, ela já mostrava as garras ao maltratar a irmã, Shirlei (Karina Barum). Só no Sapatinho era a música-tema da megera, que pisava na irmã caçula e zombava até da deficiência física da jovem.

Ambição desmedida

Por último, não poderia faltar Raquel (Gloria Pires), a gêmea má de Mulheres de Areia 1993). Ruth custou a enxergar por trás da máscara de falsidade da irmã, ainda que todos a alertassem. 

— A Raquel é má, a Ruthinha é boazinha — bradava Tonho da Lua (Marcos Frota) aos quatro ventos. 

Só após perder o amado, Marcos (Guilherme Fontes), para a vilã que Ruth enxergou a dura verdade.