Pressão estética
Esposa de Rafael Cardoso, Mari Bridi recorda críticas: "Achavam um absurdo o galã ser casado com uma mulher normal"
Influenciadora refletiu sobre os comentários que ouviu depois de engordar 22 quilos em sua primeira gravidez
A influenciadora Mariana Bridi, esposa do ator Rafael Cardoso, fez um relato, publicado pela revista Glamour nesta quarta-feira (26), sobre a pressão estética que sentiu ao ganhar peso depois de engravidar simplesmente por ser casada com um ator famoso.
"Quando começamos a namorar, eu tinha 21 anos e desfilava por aí o tal 'corpo padrão' aceitável pela sociedade e, portanto, aceitável para namorar uma pessoa famosa. O engraçado é que, quando as pessoas começaram a ter acesso a mim, eu estava em um momento transformador e divisor de águas da minha vida, como na vida de qualquer outra mulher, que é a gravidez", começou ela.
A gestação de Aurora, primeira filha do casal, em 2014, casou com o momento em que as redes sociais estavam se popularizando cada vez mais. Na época, o casal já estava junto há sete anos. Mariana conta que engordou 22 quilos durante a gestação - e foi quando começou a ler comentários desagradáveis sobre o seu corpo na internet.
"O pós-parto foi difícil. Entre ser uma mãe de primeira viagem e lidar com todo o puerpério, levei mais de um ano para lembrar que eu existia como pessoa, sem ser a mãe da Aurora. Confesso que meu peso não era uma questão para mim, só que para algumas pessoas", contou. "Ouvia absurdos (do tipo): 'Como que eu, mulher de um galã, não estava com a barriga cheia de gominhos poucos meses depois de parir?'. Era um absurdo o galã querer continuar casado com uma mulher como eu, normal, que passava por todas as vivências normais de uma mulher após ser mãe".
Mas, para ela, perder peso não era um objetivo porque, no momento, a prioridade era cuidar da sua família. Porém, havia algo que a incomodava ainda mais: as críticas partirem de outras mulheres.
"Algo me machucava e me deixava muito inconformada: o fato desse preconceito e falta de cuidado com o próximo vir quase sempre de outras mulheres. Outras mulheres que, muito provavelmente, passavam pelas mesmas situações e se encontravam nas mesmas condições que eu. Isso sim era doído, preciso confessar. Ter que entender essa falta de sororidade, esse olhar de julgamento e preconceito sobre a minha pessoa, vindo de outras mulheres, me deixava triste e me fazia questionar tudo", relatou.
Foi quando se viu na obrigação de falar sobre o assunto nas redes sociais, incentivando suas seguidoras a não reproduzirem esse discurso.
"Me posicionar me libertou e me deu espaço para falar sobre o que eu realmente acredito. Que a mulher deve ser quem ela quer ser: magra, gorda, alta, baixa, loira, morena... Se ela está feliz com ela mesma e saudável, é só isso que importa", afirmou. "O mundo não é feito de verdades inquestionáveis e padrões inatingíveis e quanto mais mostrarmos isso, mais 'normal' o normal será. A internet precisa também ser feita de gente de verdade".
E o "galã"?
"Esse vai muito bem, obrigada. Melhor ainda em ser o marido de uma mulher forte, posicionada e que usa sua voz para encorajar outras mulheres", finalizou.