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Sem tabus

Ex-BBB Marcela McGowan lança livro sobre sexualidade feminina: "O machismo ainda é uma realidade diária"

Em entrevista, ela fala sobre o novo projeto e revela o sonho de ser mãe

01/10/2021 - 09h32min

Atualizada em: 01/10/2021 - 10h00min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Lores Consultoria / Divulgação
Marcela se lança como escritora

Ela participou de uma edição histórica do Big Brother Brasil. No BBB 20, Marcela McGowan encabeçou um movimento contra o machismo na casa, bateu de frente com os participantes que tentavam diminuir a mulherada e viveu um complicado relacionamento com o gaúcho Daniel Lenhardt. Fora do reality show, apresentou o programa Prazer, Feminino no canal no YouTube do GNT e, desde então, mostra sua experiência como obstetra, ginecologista e sexóloga em várias participações na TV e na internet, ajudando a esclarecer tabus relacionados à sexualidade.

Na vida pessoal, surpreendeu ao assumir o namoro com a cantora Luiza (da dupla sertaneja com Maurílio). Apesar de ter revelado sua bissexualidade ainda no BBB, este é o primeiro relacionamento da médica com outra mulher.  

A nova empreitada de Marcela é como escritora. Ela acaba de lançar Senta que nem Moça (Companhia Editora Nacional, R$ 29,90), obra na qual aborda repressão sexual, machismo, virgindade, padrões estéticos e outros obstáculos impostos às mulheres. Em bate-papo com DG, Marcela abriu o jogo sobre carreira, preconceito e planos para o futuro, entre os quais está o forte desejo de ser mãe. 

Médica, influenciadora, apresentadora e, agora, escritora. Em qual desses papéis você se sente mais à vontade?

Todos foram muito desafiadores em sentidos diferentes. Eu amo sair da minha zona de conforto, isso me dá muito tesão pela vida! Então, gosto de todos os papéis! Óbvio que ser médica é o que conheço e exerço há mais tempo, portanto, é o que me deixa mais segura. 

Lores Consultoria / Divulgação
Marcela fala sobre tabus femininos na obra

Qual é o maior desafio das mulheres em pleno 2021?

Muitos. O machismo ainda é uma realidade diária e marcante. Os números de violência contra a mulher seguem altíssimos, as desigualdades existem em todos os setores. Estamos lutando por coisas básicas, como nos sentir seguras na rua, ao mesmo tempo em que precisamos ocupar espaços de poder, buscar igualdade de direitos, nos livrar de opressões. A caminhada é longa e, sinceramente, cansativa.

Que dica você dá para as meninas que tiveram uma educação mais repressora e acabaram se fechando para a sexualidade?

Busquem informações. A quebra de tabus só é possível através de educação e autoconhecimento. É preciso desconstruir esses aprendizados repressores para construir uma sexualidade saudável.  

Instagram / Reprodução
Muito amor ao lado de Luiza

Como foi para você assumir o relacionamento com a Luiza? Sofreram preconceito, principalmente nas redes sociais?

Tive muito receio de como seria aceito, mas (o retorno) foi muito mais positivo do que negativo. Recebemos, sim, muito preconceito nas redes, mas aprendemos a filtrar e receber o que vem de bom. Hoje, eu consigo entender claramente que o preconceito é um problema do outro, não meu. 

O público ainda vincula a sua imagem ao BBB? Você se incomoda por ainda ser lembrada pela sua participação no programa?

Vincula sim, acho que participei de uma edição muito marcante e que ainda está bem fresca na memória de todos. Não me incomodo não! Amei participar do programa, foi uma experiência incrível, que me deu a visibilidade que tenho hoje. Não vejo nenhum problema em ser ex-BBB. 

Depois de tantas conquistas, o que ainda falta realizar? Tem alguma ambição profissional ou pessoal que ainda não alcançou?

Profissionalmente, tenho muita vontade de ter uma linha de produtos meus.  Pessoalmente, tenho sonhado muito em ser mãe. Eu amo viver novas vidas, sei que não vou parar por aí.


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