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Piquetchê do DG

Um ano especial para Su Paz

Cantora, nome conhecido dos festivais nativistas, lança seu primeiro disco autoral, que também terá versão física.

14/03/2022 - 13h25min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Carol Quaiato / Divulgação
Trabalho da cantora marca um novo tempo em sua trajetória

O ano de 2022, para a cantora gaúcha Suzane Paz, será lembrado por muito tempo, e por um motivo pra lá de especial para quem é artista. Neste ano, ela traz ao público seu primeiro álbum autoral, Florescida Raiz, com letras e melodias suas e em parcerias com Clarissa Ferreira, Caio Martinez, Joaquim Velho, Lucas Ferrera, Charlise Bandeira e Sandra Goulart. 

Suzane, que usa o nome artístico Su Paz, 31 anos, é natural de Sapucaia do Sul, já cantou em grupos de baile, musicais de invernadas, participou de festivais nativistas e fez backing vocal para Elton Saldanha e Cristina Sorrentino, mas ainda não tinha lançado o tão sonhado primeiro disco solo, que está nas plataformas digitais. O disco físico deve ser lançado ainda em março, uma iniciativa diferente, em tempos que o público se acostumou a consumir os singles (canções lançadas separadamente), nas plataformas digitais. 

- Sempre escrevi, mas criei coragem de gravar de uns anos para cá. E essa coragem veio da necessidade de cantar o que eu queria e não ter que pedir músicas para interpretar, pois, muitas vezes, no meio nativista, sofremos com isso, com a falta de autores que escrevam para mulheres - explica.  

 

Novo tempo


O trabalho, segundo ela, marca um novo tempo em sua trajetória, voltado à composição e ao feminino regional.

- As faixas falam das raízes que vão florescendo durante nossa caminhada pessoal. A ideia surgiu em 2021, em poucos meses com o apoio do produtor e músico Joaquim Velho, elas foram registradas, e passam pelos ritmos regionais, como chamamé, zamba e até forró - explica. 

Su, que também faz parte da organização do 1º Peitaço da Composição Regional, movimento que incentiva mulheres a escreverem suas próprias músicas e reúne poetisas, compositoras, cantoras e instrumentistas gaúchas, já celebra os resultados iniciais do lançamento, que teve mais de dois mil acessos.

- A música gaúcha pode desbravar novos horizontes sem deixar de ser regional. A alma feminina foi um importante ingrediente para as composições, assim como os laços afetivos com a família, a ancestralidade e o sentimento de pertencimento a um lugar. E esse número de acessos é um feito importante para uma artista mulher independente na música regional gaúcha com seu primeiro trabalho autoral - afirma.


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