Um pouco de excitação é necessária, porque a alma não suporta ter de viver sob o jugo de constantes compromissos e deveres, precisa de cenário amplo para dançar leve e elegante pelas ondas da vida. Em frente com tudo.

Lá no fundo anda batendo uma insurgência, porque nada é como deveria ser, as coisas permanecem muito pouco tempo no trilho que deveriam, a maior parte do tempo andam descarriladas mesmo. Não devia ser assim.

Tem dias que a mente se apresenta com uma verdadeira inimiga, fazendo de tudo para que você se descontrole emocionalmente, e se preocupe dramaticamente com perspectivas que, em si mesmas, têm pouca chance de acontecer.

É muito difícil que tudo saia de acordo com o planejado neste momento, porque as coisas andam muito transtornadas, e as pessoas mais ainda. Melhor ampliar a dose de tolerância diante de trapalhadas e atitudes maliciosas.

A sorte é um fator surpreendente e imprevisível, mas nossa humanidade está o tempo todo à sua procura. Neste momento de sua vida, a sorte joga um papel importante, faz contraponto às trapalhadas que você comete.

As limitações pesam e constrangem, mas evite se estender demais num exercício dramático que, no fundo, não teria significado algum, a não ser o do próprio drama, que não é grande coisa. Melhor seguir em frente.

Os acordos precisam ser atualizados de forma constante, porque se tornou bastante comum as pessoas não cumprirem o que prometem, e não porque sejam maliciosas, mas porque as condições do mundo andam muito transtornadas.

Pense e repense antes de tomar qualquer atitude concreta diante dos fatos, todo tempo que você ganhar antes de agir agregará bom senso à situação, e isso fará com que sua alma tenha alguma vantagem que beneficie.

Quando a confusão atinge o clímax, melhor se entregar a ela do que buscar argumentar com inteligência, tentando ter a palavra final. Não há palavra final nem explicação que seja contraponto à confusão, ela é o que é.

As emoções são sempre verdadeiras, mas nem sempre fiéis aos fatos, porque emocionalmente se pode, sem muito esforço, aumentar os contornos dramáticos de uma situação que, em si mesma, nem valeria tanto desgaste.

Há um quê de desorientação circulando pela alma de nossa humanidade, mas como as pessoas têm de fingir que continuam no controle, se apresenta, como resultado, um cenário de humanos andando em silencioso desespero.

Às vezes é melhor não intervir, silenciar, sair de fininho e se fingir de hieróglifo, porque qualquer ademão que você fizer atrairá a atenção de todas essas pessoas que buscam culpados para castigar. Melhor isso não.