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Estrelas da Periferia

Para ouvir com sorriso no rosto: Pagode do Marqueza faz som com vibe diferenciada

Grupo de pagode da Zona Norte estreou em março, mas a parceria entre os músicos é antiga

23/04/2024 - 15h05min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Felipe Lima / Reprodução
Andinho Santos (E), Léo Flores, Bruno Martins, Mimão, Bruno Lima e Bryan Marqueza.

Faz menos de dois meses que o Pagode do Marqueza nasceu oficialmente. Da zona norte de Porto Alegre, Bruno Lima, Bruno Martins, Andynho Santos, Bryan Marqueza, Wellington Mimão e Léo Flores fazem parte da formação do mais novo lançamento do gênero na cidade. 

A estreia é recente, mas já faz tempo que o pagode está na vida deles. Inclusive, a parceria também não é de hoje.   

O grupo toca junto desde 2022, quando foi formado pelo integrante Bryan Moraes, que responde pelo apelido de Marqueza. Na época, Bryan convidava uma seleção de músicos para tocarem com ele em rodas de samba. 

Os outros cinco membros da banda estavam entre estes nomes, mas nem sempre todos podiam estar juntos, já que cada um tinha seu trabalho com outras bandas.   

Início do sonho

A parceria entre eles, mesmo que eventual, já chamava atenção.      

— A ideia era montar uma parada nossa com a nossa cara, nosso jeito de tocar — conta Bruno Martins, que toca surdo.  

Quando tocavam juntos, o assunto de formar uma banda própria sempre aparecia, mas a coragem veio quase dois anos depois. 

O grupo decidiu seguir o sonho quando percebeu que mais gente apoiava a ideia.  

— Tínhamos um pé atrás, achávamos que ia dar errado e ninguém ia apoiar, mas a gente viu que o pessoal comprou nossa ideia, o nosso barulho. Agora, estamos na luta — conta Martins.   

A amizade assumiu o protagonismo e o projeto virou banda em março, quando todos decidiram largar seus respectivos trabalhos em outros grupos para dar prioridade ao Pagode do Marqueza.   

— Este início de trabalho está sendo bem encantador, principalmente porque estamos juntos com cara de banda agora, do nosso jeito, com a nossa cara — conta Bruno Lima. 

Ter um projeto próprio traz novas motivações para cada um dos músicos.  

Felipe Lima / Reprodução
O grupo está com a agenda cheia.

— Quando tocávamos com outro artista, a gente estava vivendo o sonho de outra pessoa. Agora, é o nosso sonho, a nossa história — explica Martins. 

Marqueza conta que a tarefa de ter o próprio grupo é também um desafio.   

— Quando tu é músico de apoio, tu só tem que fazer o que te pedem. Quando o grupo é teu, requer muito mais atenção, cuidado e empenho. É um compromisso tocar para o nosso conjunto mesmo, temos que ter mais garra porque é a nossa cara que está ali. Agora, com toda essa responsabilidade, o trabalho é dobrado — diz o líder do grupo 

— Nossa rotina é bem desgastante, pois tocamos no mínimo quatro vezes na semana — relata Marqueza. 

A cara deles

Além disso, nem todos os membros trabalham exclusivamente com a música. Alguns ainda dividem seu tempo com seu trabalho de carteira assinada.  

Mesmo com a correria, a rotina tem sido proveitosa para eles. A convivência, segundo Bruno Lima, é o que fortalece o elo da banda.   

— Nos falamos todos os dias e nos encontramos, pelo menos, quatro vezes por semana. É isso que ajuda a manter uma parceria, uma amizade legal, e conseguir levar isso adiante — conta Lima.

A química do grupo é sentida na batida do repertório. Se divertem no palco e contagiam a plateia. O motivo dessa energia está na amizade deles.  

— O nosso trabalho é muita alegria e energia, porque é algo que só nos seis temos: a nossa química — conta Andynho. 

A agenda tem estado cheia e a noite de Porto Alegre está mais alegre com o carisma dos guris.   

Bruno Lima canta com o som do surdo de Bruno Martins e do cavaco de Andynho Santos. O tantan é do Bryan Marqueza, enquanto Mimão fica com o violão e Léo flores com o pandeiro.  

O Pagode do Marqueza tem personalidade. Eles tocam um pouco de tudo que gostam — no ritmo do pagode, é claro. MPB, samba, funk, hip-hop, sertanejo: eles transformam tudo em pagode.   

Por enquanto, o repertório é de releituras e covers. Mas o plano deles é mudar isso em breve. Até o final do ano, pretendem trabalhar com três músicas autorais. Mas os guris não deixam o plano só no papel:  

— Já estamos trabalhando em cima de uma música autoral, que já está no forno — adianta Bruno Lima. 

Outra meta é gravar um audiovisual, que mostre a energia do grupo, querem levar a identidade musical e o carisma pelo Estado todo.   

Mas, antes de qualquer meta, estão os shows do grupo.  

— A melhor parte é quando a gente canta e as pessoas cantam e dançam conosco, curtindo a vibe da banda — conta Mimão. 

AQUI, O ESPAÇO É TODO SEU!

Para participar da seção, mande um histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e telefone de contato para camila.mendes@diariogaucho.com.br

Para falar com o artista, ligue para (51) 99376-0137

 * Produção: Camila Mendes 


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