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DELAS

Saiba onde retirar itens de higiene feminina nas cidades da Região Metropolitana

Colunista Giordana Cunha escreve sobre o universo feminino todas as quintas-feiras

09/05/2024 - 05h00min

Atualizada em: 09/05/2024 - 08h00min


Giordana Cunha
Giordana Cunha
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Cristine Rochol / PMPA / Divulgação
Estudo aponta que mulheres devem ter cuidado redobrado em abrigos

O Rio Grande do Sul passa por um dos maiores desastres ambientais do país. Segundo o boletim emitido pela Defesa Civil do RS na quarta-feira (8), às 18h, mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas enchentes. Destas, cerca de 163 mil estão desalojadas e mais de 67 mil estão em abrigos.

As doações e o apoio vêm de todos os cantos do mundo, formando uma corrente de voluntariado e de solidariedade genuína. Essa força-tarefa conta com as mãos solidárias de Luana Almeida de Oliveira, 26 anos. Ela já atua no Coletivo Mato do Julio, em Cachoeirinha, mas diz que nestas situações todos se unem para ajudar ao próximo. A ambientalista conta o que mais a chocou até agora, durante a catástrofe:

– Ouvir e ver as pessoas gritando por socorro é a parte mais triste. Os sons fortes emocionam.

Elas

Pensando especificamente nas mulheres – afinal, possuem necessidades biológicas a mais do que os homens, como a menstruação –, a coluna Delas fez um pequeno levantamento sobre a disponibilização de itens de higiene feminina às afetadas. É possível, por exemplo, encontrar absorventes nos pontos de retirada de doações? Quais cidades da região metropolitana de Porto Alegre estão oferecendo estes donativos?

É importante frisar que apenas as prefeituras foram consultadas. Ou seja, abrigos e/ou pontos de doações que não são gerenciados por estas instituições não entraram no mapeamento. Além disso, a quantidade disponível destes itens varia de acordo com a procura.

Pontos de referência

  • PORTO ALEGRE
    /// Os abrigos têm os donativos. Não foi informado se os itens estão disponíveis às mulheres em geral
  • ESTEIO
    /// Em qualquer Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade
    /// Cras Centro (Rua Pedro Lerbach, 426)
  • ALVORADA
    /// Ginásio Djalma Neves (Rua Vasco da Gama, 560)
  • GRAVATAÍ
    /// Em qualquer Cras da cidade
    /// Cras Centro (Rua Antônio Francisco Fonseca, 122)
  • CANOAS
    /// Centro de entrega de doações (Esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Avenida Inconfidência, ao lado de uma farmácia)
  • GUAÍBA
    /// Prefeitura de Guaíba (Avenida Nestor de Moura Jardim, 111)
    /// Sport Club Itapuí (Rua Gaspar Martins, 153 – Parque 35).
  • CACHOEIRINHA
    /// Secretaria de Cidadania e Assistência Social (Av. General Flores da Cunha, 3.810)
  • SAPUCAIA DO SUL
    /// Ginásio da Escola Otaviano Silveira (Avenida Sebastião Faut, 245)
    /// Escola Municipal Hugo Gerdau (Rua Adelaide Corrêa, 50)
  • ELDORADO DO SUL
    /// Sede da prefeitura (Estrada da Arrozeira, 270)
  • VIAMÃO
    /// Complexo Ana Jobim (Avenida Sen Salgado Filho, 2.205 - Atrás da UPA Viamão)
  • SÃO LEOPOLDO
    /// Ainda não há distribuição “externa”. Apenas quem está abrigada e necessita dos itens, recebe.
  • Novo Hamburgo não possui donativos


Vulnerabilidade duplicada 

Nenhuma cidade  das que a coluna  consultou possui um  abrigo e/ou espaço  destinado apenas às  mulheres. Talvez você  ache que é pedir  demais diante deste cenário. Mas não é. 

O estudo Eventos Extremos e Violência  de Gênero: Uma  Revisão Sistemática de  Métodos Mistos, feito  em 2022 por  pesquisadoras da  Universidade de  Cambridge, no Reino  Unido, afirma que  desastres climáticos  agravam a violência  contra as mulheres,  meninas e minorias  sexuais de gênero por  inúmeros motivos. 

Um deles é o  assédio em abrigos. A  pesquisa expõe que  mulheres no  Bangladesh, na  Indonésia, na Índia e  no Paquistão (em  casos analisados na  oportunidade) foram  possivelmente  “expostas a assédio  verbal, sexual e  violência sexual, física  ou emocional  cometida por  parceiros, ex-parceiros  e estranhos ao  refugiarem-se em  abrigos, campos ou  centros comunitários  após a evacuação”. 

Fique atenta e, caso  você seja vítima, ligue  180 (Central de  Atendimento à Mulher)  ou procure a Delegacia  mais próxima.

Roupas íntimas

 Todos os órgãos municipais já mencionados ressaltam a  necessidade de  doação de roupas  íntimas, como  calcinha, sutiã e  até mesmo  meias. Luana  orienta que as  peças devem ser  novas, sem uso.


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