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Pagode do Pulguinha leva diversão em comemorações na Região Metropolitana

Com agenda cheia, o músico Anderson, de Canoas, anima o público em eventos particulares de quinta-feira a domingo

24/09/2024 - 13h23min


diario gaucho
arquivo pessoal / arquivo pessoal
O repertório das apresentações varia de acordo com o público.

Anderson Iranzo da Silva, 40 anos, é um empresário e músico de Canoas. Seu pai, que quando criança gostava muito de cachorros, ganhou o apelido de Pulga, que foi herdado por Anderson, o Pulguinha. Com o cavaco, o artista tocou em diversos grupos de pagode, como De Jeito Novo e Pura Cadência. Mas, em 2021, o acaso levou a uma mudança de chave que foi decisiva para a carreira. 

Uma amiga de Pulguinha faria uma festa em sua casa para comemorar seu aniversário. Uma celebração simples, com amigos mais próximos e música ao vivo. A aniversariante logo pensou no amigo para ficar responsável pelo som, mas, como seria uma coisa pequena, disse que ele não precisaria ir com o grupo do qual fazia parte no momento, e que poderia ser apenas Anderson e amigos. Além de tocar o cavaco, o artista, que nunca tinha sido vocalista, se arriscou na voz. 

O evento foi um sucesso e o conjunto improvisado teve alta aprovação: dos 50 convidados, pelo menos quatro pediram o número de Anderson, com o objetivo de convidá-lo para tocar também em suas festas. A naturalidade e descontração da performance entre amigos conquistou o público, como conta o artista: 

— Começou como uma brincadeira. A partir dessa primeira festa, recebemos mais convites. A cada evento que fazíamos, mais três ou quatro pessoas nos chamavam. 

Foi assim, despretensiosamente, que nasceu o Pagode do Pulguinha, um grupo que acabou se especializando em comemorações e confraternizações privadas, chegando a 200 apresentações durante o ano de 2023. Anderson, que antes tocava na noite, deixou de tocar apenas nas madrugadas em boates e bares. Ele diz que a mudança para eventos particulares foi satisfatória: 

— É difícil tocar em eventos comerciais, o público nem sempre quer interagir, a remuneração é menor e normalmente dura até muito tarde. Hoje, nossas apresentações são uma participação importante em momentos únicos das vidas das pessoas.  

Anderson conta que a interação entre músicos e convidados e o tratamento recebido torna a experiência muito mais pessoal e satisfatória. O grupo ainda toca eventualmente em casas noturnas, mas o que move eles é a alegria de participar de dias importantes para os clientes.  

No rolê

Os integrantes da banda não são fixos, mas quase sempre quem acompanha Anderson são os amigos Cristiano Lima, o Xaxá, tocando o pandeiro, Marcus Vinicius na viola e Juliano gomes, o Juno, no tantan e na voz. Pulguinha, responsável sempre pelo vocal e cavaco, conta que não é experiente como vocalista, mas que com a prática adquiriu habilidades tanto de canto como de mestre de cerimónias: pede para a galera cantar junto, puxa parabéns e discursos e diverte a galera com seu bom-humor.  

— A gente precisa sempre analisar o nosso público, sentir a vibe da festa para poder interagir com eles da melhor forma — diz Pulguinha.  

Além de tentar entreter os convidados com piadas e brincadeiras, Anderson aceita pedidos de músicas, o que muitas vezes incomoda músicos. O artista, entretanto, acredita que é preciso ser flexível para agradar o público presente. Assim, além do pagode, a banda também toca sertanejo, bailão, pop e funk, a depender do gosto da galera.  

— Já tocamos Zezé de Camargo & Luciano, Maiara & Maraisa, Raul Seixas e até Bob Marley. Nunca temos um repertório pronto, vamos nos adaptando conforme a festa desenrola — conta.  

Atualmente o Pagode do Pulguinha toca de quinta a domingo, sempre com a agenda cheia. Nos outros dias Anderson toca sua empresa de venda de carros, que é sua renda principal, mas conta que com o sucesso entre os clientes, a música hoje é como se fosse “sua segunda empresa”.  

— Hoje a banda não é mais um hobbie. A remuneração que temos é significante na nossa renda. A gente faz o que gosta, se diverte nas festas e ainda tem uma baita ajuda nas contas. Além da satisfação que é fazer trazer mais alegria para momentos tão especiais. 

Aqui, o espaço é todo seu!

Para participar da seção, mande um histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e telefone de contato para camila.mendes@diariogaucho.com.br

Para falar com o artista, entre em contato pelo telefone (51) 99892–1125 

*Produção: Camila Mendes


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