Do Rubem Berta, rapper AG estreia álbum solo inspirado em vivências e superação

Criado no bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre, o rapper e produtor gaúcho Arthur Gadêa, o AG, iniciou sua trajetória musical em 2019 e agora se prepara para lançar o primeiro trabalho solo. Intitulado Eu Vou Ser Rico, o álbum tem estreia prevista nas plataformas de áudio no dia 15 de janeiro.

Fundador do grupo QVS, com mais de 40 músicas lançadas e passagens por grandes festivais, como o Rap In Cena, AG dedicou os últimos três anos à construção do novo projeto. Segundo o artista, o disco reflete suas vivências pessoais, que se cruzam com experiências compartilhadas por muitas outras pessoas.

— É algo que as pessoas vão ouvir, vão se identificar. Todo mundo tem a sua luta, todo mundo tem a sua dor — observa Arthur.

Além disso, o rapper destaca que Eu Vou Ser Rico reúne participações de amigos e ex-colegas do grupo QVS — Vlord, Vlec e DJ Cozy. Para ele, os novos rumos da carreira se desenharam de forma natural.

— Eu me desenvolvi como artista e senti que esse seria um caminho naturalmente perseguido por mim — comenta. — Estou muito feliz com o resultado, e por contar com o apoio dos guris e de todas as pessoas ao meu redor.

O despertar na música

AG descobriu sua vocação para a música aos 13 anos, quando começou a tocar guitarra. Com formação inicial no rock, passou a se interessar pelo universo do rap três anos depois, aos 16.

Em 2019, AG fundou o grupo QVS visando fortalecer o rap do sul do Brasil e projetar as produções da região em âmbito nacional. Ao longo de seis anos de atividade, o coletivo teve como referência artistas norte-americanos como Young Thug, Young Dolph (1985–2021) e Big Scarr (2000–2022).

Sobre os ex-colegas, o rapper afirma:

— Eles torcem muito por mim, e sempre me incentivaram. Eles também fazem parte disso.

Título em camadas

Questionado sobre o significado por trás do título do novo álbum, Arthur explica que a ideia surgiu da necessidade de definir o momento atual que vive. Para o artista, “ser rico” carrega múltiplos sentidos.

— Ser rico é ter paz no coração, alcançar os próprios objetivos e sentir a tranquilidade que vem com isso, sabe? É essa realização interna — reflete. — O dinheiro é apenas um meio.

Hoje, AG identifica que está no caminho certo para atingir seus objetivos. Sobre a nova fase, adianta:

 — O público vai encontrar um artista desenvolvido, um artista polido. Que tem coisas para dizer, tem coisas a ser ouvidas — declara, completando:

— Eu não tenho medo de ser eu, e sinto que essas músicas podem encorajar as pessoas a assumirem quem são. Eu vou ser rico em 15 de janeiro de 2026, tá na pista.

*Produção: Juliana Farinati

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