Grêmio



Conversa Tricolor

VÍDEO: bate-papo entre Carlos Miguel e Marco Antônio, do Grêmio

O Diário Gaúcho colocou frente a frente um ídolo e um craque da atualidade para falarem sobre a importância do título

17/05/2012 - 06h58min

Atualizada em: 17/05/2012 - 06h58min


O destro Marco Antônio com o canhotinho Carlos Miguel, que em 1996 era o maestro

Entra ano e sai ano e os torcedores de Grêmio e Internacional começam o Brasileirão com a ansiedade de levantar a taça mais cobiçada do país. Mas em 41 anos de Nacional, a dupla Gre-Nal chegou a esse feito em apenas cinco edições. Duas com o Tricolor, 1981 e 1996, e três com o Colorado, 1975, 1976 e 1979. Já são 16 anos sem o troféu para a torcida de azul, preto e branco, e 33 para a alvirrubra.

O Diário Gaúcho entrou nessa expectativa e colocou frente a frente dois ídolos do passado, um de cada lado, e dois craques da atualidade para uma conversa sobre a importância da conquista, a receita que leva à primeira colocação do campeonato mais disputado do mundo e a grandiosidade da Dupla e de suas torcidas.

Mescla de gurizada e macacos velhos

O encontro entre o passado e o presente gremista foi um reencontro na verdade. Carlos Miguel, 39 anos, um dos expoentes do Grêmio de Luiz Felipe Scolari, e Marco Antônio, o atual articulador tricolor, se conheceram quando os dois jogavam no São Paulo. Miguel, no profissional e Marco subindo da base.

Bons batedores de falta e armadores de qualidade, a dupla partiu direto para o bate-papo, como se fosse uma tabelinha.

"Tem que ter regularidade"

- A primeira atitude é ver a própria fórmula do campeonato. Em 1996, existia a classificação dos oito primeiros. Hoje, isso não existe. Tem que ter muito mais regularidade. Tem que ter um bom grupo - resume Carlos Miguel.

- Lembro desse Brasileiro de 1996. Estava na Portuguesa no ano passado e até hoje é uma das lamentações deles, ter deixado escapar aquele título - comenta Marco Antônio.

- Sempre que encontro o pessoal da Lusa daquela época, o Gallo, o Capitão, eles falam que a única tristeza deles foi aquele jogo no Olímpico. Aqui era difícil de ganhar, era o fator campo. Isso que na época não existia a avalanche - lembra o meia do time de Felipão.

- É o que a gente fala hoje em dia, de resgatar isso. Essa equipe de 1995 e 1996 fazia com que o torcedor acreditasse, confiasse. E hoje a gente quer resgatar isso aí. É o que mais a gente fala em campo - comenta o atual camisa 11.

"O grupo era bom"

Depois, Carlos Miguel lembra-se outro fator que fez a diferença em 1996:

- O grupo era muito bom. Juntou um pessoal experiente, tipo Paulo Nunes, Arce, Rivarola e a gurizada. Tem que ter essa mescla. Acho que hoje é importante. Tem que ter uns três, quatro macacos velhos. Já não sei se o Marco eu encaixo como guri ou macaco...

- Macaco velho com cabeça de guri - ri Marco Antônio.

- Acho que isso vai ser importante. Tem que ter a presença do Gilberto Silva, do Victor, para dar um suporte para a gurizada - finaliza Carlos Miguel.

Os títulos do Grêmio
1981:
- 23 jogos (em seis fases), com dez vitórias, dois empates e sete derrotas, 32 gols pró e 21 contra.

1996:
- 29 jogos (em quatro fases), com 14 vitórias, sete empates e oito derrotas, 52 gols pró e 34 contra.

 


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