Paixão Tricolor
Mateus Bunde: decepção esperada
O Grêmio, hoje, é uma equipe previsível sem Suárez
Uma derrota lamentável abriu a temporada do Grêmio. Era, na realidade, esperada. Acompanhando o movimento do clube ao final do ano e o discurso mudado de dezembro para janeiro, o time entrega aquilo que pode entregar - totalmente incompatível ao que uma equipe como o Grêmio deve mostrar em campo.
A começar por uma zaga nova, que pareceu uma boa ideia de Renato, mas se mostrou insuficiente. Ely ainda não mostrou a que veio, já Reinaldo mantém o baixo desempenho do segundo semestre do ano passado. E o conjunto da defesa, como um todo, acaba não funcionando… ou melhor, segue sem funcionar. E reforços para o setor? Zero.
E é por esse motivo que a derrota era tão esperada. O campo reflete o bastidor. O Grêmio, hoje, é uma equipe previsível sem Suárez, e todo o torcedor já imaginava como seria difícil para esse time deslanchar sem o seu principal jogador de 2023. Era óbvio para todos, menos para a direção, que não mostra saber o caminho para melhorar o time como um todo, em cada setor, e até mesmo o próprio banco de reservas. Não. Apostou na continuidade, mesmo sabendo que o atacante que representava 50% do time não continuaria.
O diferencial
Única boa notícia do jogo foi Soteldo. Baixinho, ousado e endiabrado, o venezuelano foi a exceção de um time apagado e sem inspiração. As oportunidades só vinham dele. Foi o diferencial, o fio de esperança para o ano, mas não pode ficar sozinho. Precisa de parceiros, mas dependerá da direção olhar para o que foi o jogo de sábado e identificar o que todos os gremistas já haviam diagnosticado.