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Reedição de ataque de sucesso na Ponte Preta faz Inter buscar Lucca

Com contratação encaminha do atacante do Corinthians, dupla ofensiva com Pottker, vice-campeã paulista no ano passado pode reaparecer no Beira-Rio

13/04/2018 - 07h45min


Leandro Behs
Leandro Behs
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CÉLIO MESSIAS / Gazeta Press
Pottker (E) e Lucca marcaram mais de 70% dos gols da Ponte Preta no Paulistão

O Inter voltou ao mercado. E não apenas pelo lateral-esquerdo Zeca, cuja contratação deve ser concluída até o início da próxima semana. A qualquer momento, o clube anunciará a contratação de Lucca, 28 anos, atualmente na reserva do Corinthians. 

A negociação entre os clubes está concluída, faltando apenas que o atacante faça exames médicos para assinar um empréstimo até o final do ano, com os salários pagos pelo clube gaúcho, sem compensação financeira.

Não há confirmação do acerto por parte do Inter. O vice de futebol do clube, Roberto Melo, porém, admitiu interesse no jogador "desde 2013".

Em 2018, Lucca não está sendo aproveitado como gostaria. Foi titular em apenas três partidas do Corinthians, entrou em outras cinco. Soma 323 minutos em campo. Não fez gols.

— Lucca é um cara tecnicamente bom. Finaliza bem. Bate bem na bola. Tem porte. Pode jogar de centroavante, ainda que não seja o ideal, dos lados do campo e atrás do nove. O que pega é a questão da personalidade. Na Ponte, mandava soltar e prender. No Corinthians, foi tímido. Antes e depois do empréstimo. Tem tido poucas chances com Carille porque foge do perfil aguerrido dos times dele — resume o comentarista da ESPN Arnaldo Ribeiro. 

A curiosidade é que essa contratação pode reeditar no Inter uma dupla de ataque que fez sucesso na Ponte Preta. Em 2017, Lucca foi companheiro de William Pottker. Juntos, marcaram mais de 70% dos gols do time no Paulistão, e Pottker ganhou o prêmio de melhor jogador do campeonato. Ambos são ligados ao empresário Fernando Garcia, proprietário da Elenko Sports, que já colocou no Beira-Rio os laterais Alemão e Uendel.  

— Lucca é um grande atacante. Ele nos dá profundidade, verticalidade. Além de tudo, o Inter investe em pessoas. Lucca é um grande jogador e um ótimo ser humano — resumiu Pottker, que desconversou sobre contatos recentes com o amigo a respeito de jogar no Inter.

Lucca começou a carreira na base do Criciúma, passou por Chapecoense, Cruzeiro, até se firmar no Criciúma de 2015, quando o Corinthians o comprou por cerca de R$ 3,5 milhões. Em 2016, no Corinthians, marcou apenas nove gols em 46 partidas. No ano seguinte, despontou emprestado à Ponte, retornando para a reserva do Corinthians. 

O interesse colorado por Lucca tem a ver diretamente com a falta de resposta de Roger. O atacante tem 13 jogos e apenas dois gols pelo Inter (ambos marcados sobre o Avenida), e não demonstra evolução nos jogos. Com o retorno de Pottker, passará a ser reserva. Quando Damião também voltar a jogar, será a segunda opção do banco. 

Para a defesa, o negócio com Zeca está bem adiantado. Será uma troca de percentuais, cada um ficando com metade dos direitos econômicos do novo contratado. Assim, o Santos terá 50% de Sasha (o Inter manterá 10%), enquanto o Inter terá 50% de Zeca (o Santos tenta adquirir dos demais proprietários os outros 50%).

Melo confirmou que está tudo acertado entre Inter e os dois jogadores. Falta apenas a conclusão do acerto santista com os empresários. 

— Zeca já deixou claro que quer vir jogar no Inter, mesmo que tenha outras propostas — adiantou Melo.

Um fator que pesou é a polivalência. Quando contratar o santista, o Inter ganhará três jogadores: um lateral-esquerdo, um lateral-direito e um volante. 

Natural de Paranavaí (PR), Zeca começou a carreira nas categorias de base do América de Ribeirão Preto (SP). Depois, em 2009, aos 15 anos de idade, foi para a base do Santos. Jogando como volante, ele chegou ao time sub-19. Promovido ao elenco principal já se ensaiava nas laterais. Apesar de ser destro, se adaptou bem ao lado esquerdo. 

— Gosto de cortar para o meio, confunde o marcador, ele não sabe se vou para esquerda ou direita. É a posição que eu gosto de jogar — contou Zeca. 

Campeão olímpico com a Seleção como lateral-direito — deixando o então colorado William no banco de reservas —, Zeca precisará de tempo para retomar o ritmo de competição. O jogador treina por conta própria há quase seis meses, desde que entrou em litígio com o Santos. Sua última partida foi a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, em 22 de outubro do ano passado. E, neste jogo, ele atuou como lateral-direito. 

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