A impressão do torcedor, que está do outro lado do balcão, é de que fora de campo ninguém se entende no Inter. Na verdade, há uma forte disputa pelo poder. A verdadeira guerra que foi instaurada, em uma eleição com ânimos acirrados e que foi realizada no momento errado da temporada. O Colorado terá de tentar seguir a vida dentro das quatro linhas. 

Cada vez mais, fica escancarado o equívoco gigante das lideranças do clube, por não terem alterado a data da escolha do novo presidente para um período após o término da temporada. Os efeitos negativos criados pelo pleito fora de hora invadiram o vestiário. O risco agora é a cisão política atrapalhar o planejamento da próxima temporada e ainda tendo uma competição em andamento. 

Vencer o Botafogo dentro do Beira-Rio, penúltimo colocado no Brasileirão, é condição fundamental para o Inter almejar uma vaga no G-4. Qualquer outro resultado será péssimo. A tendência é que o técnico Abel Braga opte pela mesma ideia que deu certo no jogo campo contra o Boca Juniors na Bombonera. A única alteração deve ser a presença de Rodrigo Dourado no lugar de Lindoso. A manutenção de Marcos Guilherme é uma possibilidade. Mas Yuri Alberto pode aparecer. Hora para voltar a vencer no Brasileirão.