Libertadores e Copa do Brasil são passado. Resta para o Inter mudar a história no presente, seguir no Brasileirão em busca de uma vaga direta para a competição sul-americana no ano que vem. Pelo menos ficar no G-4 deve ser a meta colorada até o final da temporada. Honestamente, pensar em título, agora, é algo fora de cogitação. A distância em relação ao líder São Paulo chegou na casa de 12 pontos. 

E como será o futuro do Inter? A crise política gerada pela eleição do novo presidente, com uma das chapas cassada pela comissão eleitoral do clube e podendo o pleito parar na justiça comum, é algo extremamente lamentável. É o complemento de uma disputa, que se mostrou belicosa, entre todas as partes, desde os primeiros momentos. Independentemente do que acontecer na definição do mandatário colorado para os próximos anos, é necessário ter a sensibilidade de manter Abel Braga até fevereiro.  

Por mais que haja interesse de trazer um novo treinador, seria mais uma quebra retirar o comandante antes do término do campeonato. Nos últimos jogos, o Colorado tem apresentado uma evolução no desempenho. A eliminação na Bombonera foi no detalhe, depois se ótima atuação nos 90 minutos, quando deixou de fazer um placar maior nos argentinos. 

O período de 14 rodadas que faltam no Brasileirão também devem servir para dar mais rodagem para a gurizada. Johnny, Praxedes, Nonato, João Peglow, Caio Vidal, Maurício e Yuri Alberto precisam ter mais chances na equipe titular. A remontagem precisa ter como base os jovens que estão no grupo atual. Por mais que os resultados da temporada não tenham sido os melhores, também é preciso aproveitar o período que resta para definir, o que fica de legado para 2021.