Paixão Colorada
Autocrítica já
Leia a íntegra da coluna Paixão Colorada no Diário Gaúcho
A julgar pelas entrevistas concedidas pelos dois candidatos à presidência do Inter, está batido o martelo: Abel Braga só não será o técnico colorado em 2015 se não quiser. Abelão está na história do clube com a conquista do Mundial Fifa, em 2006. Isso ninguém tira dele. Mas confesso que me assusta a convicção demonstrada pelos dois candidatos. Não quero dizer que o técnico não possa ser mantido. Mas, se for, penso eu, será necessária uma análise profunda, bastante crítica, sobre os frutos de seu trabalho em 2014.
Em quatro competições disputadas neste ano, o Colorado, a rigor, só disputou (e ganhou) o título do Gauchão. Na Copa do Brasil e na Sul-Americana, pode-se dizer que foram dois fiascos. No Campeonato Brasileiro, ficou longe da disputa da taça bem antes do desfecho.
Causas
Não há como não dizer que isso foi reflexo de alguns fatores evidentes: falta de padrão de jogo, atuações fracas (inclusive em vitórias), lentidão do time, demora no lançamento de jovens jogadores, e insistência em alguns que em pouco contribuíram. Nos confrontos com os outros quatro brasileiros que disputarão a Libertadores, o Inter foi o pior. Em oito jogos, perdeu seis (dois para o Cruzeiro, dois para o Corinthians, um para o São Paulo e outro para o Atlético-MG), empatou um (com o São Paulo) e ganhou apenas um - dos reservas do Galo. Logo, há muito o que fazer. A começar pela admissão de que 2014 não passou de razoável. Pouco para quem quer a América.
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