Falamos com quem entende
Leitores dão dicas para Eike Batista se adaptar à vida classe média
Nesta semana, a Justiça bloqueou as contas bancárias do ex-bilionário
Foto: Mateus Bruxel / Agência RBS
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Depois de ser o oitavo homem mais rico do mundo, o empresário Eike Batista possui, atualmente, um patrimônio de US$ 1 bilhão negativo - um valor que faz a sua divida do cheque especial parecer bobagem. Com este problema, Eike afirmou ao jornal Folha de São Paulo que é um baque para a família voltar a classe média:
- Eu nasci como um jovem de classe média, e minha vida, sabe, e você voltar para isso... é um negócio para mim, sabe, é, óbvio que é um baque gigantesco na família - afirmou o empresário
Neste duro período de transição, de 8ª homem mais rico do mundo para a "classe média", pensamos em falar com especialistas no assunto - pessoas que vivem com o orçamento apertado - para ajudar o empresário a adaptar seu estilo de vida à nova situação financeira.
Adeus ao luxo
Eike vai ter que largar a vida de luxos e optar por opções mais simples. Essa é a dica de Gabriel Ferreira, 16, Ederson Baldez, 23, e Jeferson Ferreira, 28, que trabalham no camelódromo do centro de Porto Alegre.
- Ele tem que parar de andar de lancha e começar a pegar ônibus. E nada de lotação, ônibus de linha mesmo - afirma Jeferson.
- E vai ter que ir em restaurante popular, comer arroz e feijão - lembra Gabriel.
Trabalhar pesado
As diaristas Elenira de Fatima Dallanora, 55, e Clarice Moraes Reis, 51, se mostraram céticas: ele não vai conseguir se adaptar à nova vida. Porém, para elas, o jeito é trabalhar pesado.
- Serviço não falta, só não pode ficar escolhendo - sugeriu Elenira.
Fazer "uma limpa"
Álvaro Vianna não acredita que ele realmente esteja tão pobre, mas deu um conselho de uma área que entende. Vianna, que trabalha na Voluntários da Pátria divulgando estabelecimentos que compram ouro, acha que Eike pode vender o que ele tiver de valioso.
- Espera a poeira baixar um pouco, pega o ouro escondido que ele deve ter em casa e vende. Vai dar um bom dinheiro.
"Um banho de dinheiro"
O funcionário da banca 49 do Mercado Público, Gledinei Correia, 50, concorda com Clarice e Elenira: ele precisa é trabalhar bastante. Porém, caso o empresário não esteja disposto a trabalhar 12 horas por dia como Correia, o vendedor tem outra dica:
- Ele pode tomar um banho de dinheiro pra ajudar a chamar - disse mostrando o produto da loja de artigo religiosos que promete abrir os caminhos financeiros.
E como ele foi ficar sem dinheiro?
As empresas de Eike Batista começaram a ter problemas há mais de um ano e, na última terça-feira, a Justiça federal do Rio determinou o bloqueio de até R$1,5 bilhão depositados nas contas bancárias do empresário. Os recursos bloqueados serão destinados ao pagamento de indenização por danos causados pelas supostas práticas de manipulação de preços e negociação com base em informação pública para negociar ações da OGX e OSX, das quais Batista é acusado