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Reencontro

Mãe e filho separados durante 30 anos aproveitam o primeiro dia juntos

Após reencontrar o filho, Vera apresenta a família a Carlos e faz de tudo para agradá-lo. Ele quer deixar o passado de lado e curtir a presença da mãe

09/09/2014 - 19h48min

Atualizada em: 09/09/2014 - 19h48min


Jeniffer Gularte
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Luiz Armando Vaz / Agencia RBS
Carlos e Vera vão começar vida nova

Foi com massa, arroz, feijão e panqueca que Vera Lucia de Fraga, 49 anos, recebeu pela primeira vez o filho Carlos Mario Fraga Moreira, 30 anos, em sua casa, no Bairro Belém Novo, em Porto Alegre. Depois do reencontro no Aeroporto Salgado Filho, Vera, enfim, teve a oportunidade de mimar o filho que não viu crescer.
Ontem, o DG contou a história de Carlos, levado pelo pai para São Paulo, com nove meses, assim que se separou de Vera. Ao longo das últimas três décadas, Vera viveu com a agonia de não saber o paradeiro do filho. Conseguiu achá-lo pelo Facebook, há três meses. Ontem, enfim, conseguiu dar o primeiro abraço no filho. O DG acompanhou a espera da mãe no setor de desembarque do Salgado Filho.

"Em casa, ele chorou muito"

Ao chegar em casa, mãe e filho tentaram recuperar anos de distância e incerteza.
- Na hora que nos encontramos, ele não conseguiu chorar, mas em casa ele chorou muito. Contei tudo para ele, como aconteceu, ele não sabia de nada.
Ele conheceu o irmão mais novo e hoje receberá a visita do irmão mais velho. Vera teve quatro filhos, um já morto.
- Conversamos sobre minha neta, a esposa e a vida dele em São Paulo.
Na tarde de ontem, fizeram a primeira de várias visitas a casa de parentes que moram na Capital.
- Está tudo muito bom, estou matando a saudade, é uma família boa, mas ainda falta conhecer mais gente. Vou me familiarizando e me soltando aos poucos _ conta Carlos.

Carlos não quer mexer no passado

Carlos conta que não é muito fã de doce, mas que gostou da torta de bolacha que a mãe preparou especialmente para esperá-lo. Em relação ao passado, prefere não mexer nas feridas, em respeito a memória do pai, morto há 14 anos. Foi ao lado dele que cresceu em um haras em Ibiúna, no interior paulista. Hoje, faz questão de frisar que nunca lhe faltou nada.
- Isso já passou e a gente não pode voltar mais atrás, como meu pai já faleceu não tem como mexer no passado. Agora é aproveitar daqui pra frente.
Carlos retorna na segunda-feira. Ele trabalha como ajudante geral em um frigorífico e vive com a mulher e a filha de 4 anos em Francisco Morato, município da Região Metropolitana de São Paulo.

Veja como foi o reencontro de mãe e filho

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