Previsível
Preso e solto, suspeito de estuprar jovem na orla do Guaíba desaparece
Agentes do Deca tentaram hoje, em vão, localizar criminoso que violentou menina e, na terça, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça
Cinco agentes do Deca, distribuídos em duas viaturas, rodaram toda a manhã de terça-feira por ruas do bairro Lami, no extremo sul da Capital, e de Viamão. Tentaram, em vão, localizar Marlon Patrick Silva de Mello, 25 anos, que teve a prisão preventiva decretada no final da tarde de ontem pelo estupro de uma menina de 16 anos, dia 12, às margens do Guaíba, na Capital. Saíram da delegacia às 8h e só retornaram por volta das 12h.
Os agentes falaram com parentes do foragido, que garantiram não ter informações sobre seu paradeiro. Nos próximos dias, investigadores seguirão atrás de pistas sobre a localização do homem. O gasto de dinheiro público e do tempo dos policiais poderia ter sido evitado se, dois dias depois de ter sido preso em flagrante, o criminoso não tivesse sido liberado pela Justiça.
Responsável pelo caso, o delegado Leandro Cantarelli optou por não se manifestar sobre a decisão da 6ª Vara Criminal de Porto Alegre.
- Foi decretada a prisão, não o localizamos e o consideramos foragido. Ponto final - limitou-se a dizer.
O juiz Paulo Irion, que determinou a soltura de Marlon no dia 14, desta vez decretou a prisão preventiva. Em seu despacho, justificou a nova medida porque, no dia 21, a polícia acrescentou ao inquérito o laudo do DML que confirma ter havido estupro - antes, o exame ainda não estava pronto.
Comparsa de Marlon, Rodnei Alquimedes Ferreira da Silva, 56 anos, capturado no mesmo dia, continua preso. Além da agressão sexual, a vítima foi espancada e encaminhada desacordada ao hospital. Hoje, ela se recupera em casa.
- Quem tiver qualquer informação que nos leve ao paradeiro do foragido deve entrar em contato com Deca pelo telefone 2131-5700 - informou o chefe de investigação da 1ª Delegacia para a Criança e o Adolescente Vítima (DPCav/Deca), Oride Batista.