Segurados de aposentadoria, pensão ou auxílio do INSS devem ficar atentos: segundo o Instituto, 86.198 gaúchos poderão ficar sem o benefício caso não compareçam nos bancos pagadores para a renovação de senha de saque do cartão até 31 de dezembro. Com isso, o INSS pretende dar mais segurança ao pagamento, fazendo também a prova de vida de cada segurado.
Para fazer o procedimento no banco, o beneficiário deve apresentar documento de identificação com foto (carteira de identidade, carteira de trabalho, carteira nacional de habilitação ou passaporte). Todos que recebem seus pagamentos por meio de conta conta-corrente, conta-poupança ou cartão magnético são obrigados a atualizarem os dados.

"É muito simples"

Tereza de Fátima Tavares dos Santos, 42 anos, conhece bem o procedimento de prova de vida. Há 14 anos, recebe pensão por morte do marido e a há sete anos está aposentada por invalidez devido a um tumor no cérebro que tirou a visão de seu olho esquerdo. Por todo este período fez religiosamente a atualização dos dados logo depois do período do aniversário, em outubro.
- Não deixo de fazer porque preciso desse dinheiro. É muito simples e rápido, o único problema é se tem fila - conta.
Ela já fez a atualização, porém, na manhã de quarta-feira, precisou ir até a agência do INSS da Avenida Bento Gonçalves para corrigir o erro de ortografia no nome que ocorreu no momento do procedimento. Detalhes como este também podem provocar transtornos no saque do benefício. Fátima foi acompanhada da vizinha, a cozinheira Glaci Pedroso Neves, 57 anos, que há dois meses recebe seguro devido a osteoporose nas pernas. Mesmo sendo beneficiária recente, sabe que com frequência terá de atualizar os dados.

Meta é evitar fraudes

O INSS exige a atualização de dados para evitar fraudes no recebimento de parcelas de benefícios previdenciários ou assistenciais em contas de segurados que já morreram. Anualmente os segurados permanentes - como pensão por morte e aposentadoria - devem fazer a prova de vida. No caso dos beneficiários assistenciais, depende do tempo de auxílio autorizado pelo INSS. Neste caso, a troca da senha não precisa ser feita por aqueles que terão o auxílio concluído até o fim do ano.
É necessário que o segurado faça a troca periódica de senha para evitar saques ou empréstimos indevidos. Por meio do extrato bancário, os bancos já estão comunicando os beneficiários sobre a renovação da senha. Até o mês de outubro de 2014, dos 31,1 milhões de beneficiários do INSS no Brasil, 1,4 milhão ainda não havia comparecido aos bancos pagadores de seu benefício para a mudança da senha.

QUEM NÃO PUDER IR PODE MANDAR PROCURADOR

Os beneficiários que não puderem ir até as agências bancárias por motivos de doença ou dificuldades de locomoção podem fazê-lo por meio de um procurador devidamente cadastrado no INSS.
Para cadastrar o procurador no INSS, é necessário que ele compareça a uma agência da Previdência Social e apresente procuração assinada, conforme modelo disponível na página da Previdência Social na internet (www.previdencia.gov.br)ou registrada em cartório (se o beneficiário for não alfabetizado) e o atestado médico (emitido nos últimos 30 dias) que comprove a impossibilidade de locomoção do beneficiário ou atestado de vida emitido por autoridade consular (no caso de ausência por motivo de viagem/residência no Exterior), além dos documentos de identificação do beneficiário e do procurador.

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