Santa Maria
Desde janeiro no hospital, Samuel precisa de ajuda para ir para casa
Bebê de 1 ano e meio precisa de um aparelho respiratório para conseguir dormir fora do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)
O pequeno Samuel Henrique Graciano Leal, de 1 ano e 6 meses, conhece bem a rotina da internação hospitalar. Com apenas 2 meses de vida, ele apresentou graves problemas respiratórios. Por causa da doença, o pequeno nunca chegou a ficar um mês inteiro em casa. Internado desde janeiro no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), ele foi diagnosticado com faringomalácia, que compromete parte das vias respiratórias durante a inspiração (entrada de ar nos pulmões).
De acordo com a Alliny Beletini da Silva, médica residente em Medicina Intensiva Pediátrica do hospital, o menino já teve pneumonias de repetição e só começou a se alimentar pela boca recentemente.
– Ele ainda tem a gastrotomia (sonda alimentar), mase agora está se acostumando à alimentação normal. No início do ano, ele foi internado com um quadro de convulsão e começou a ter sudorese e pouca respiração dormindo. Em fevereiro, ele fez uma polissonografia e foi descoberto que ele fazia pausas na respiração durante o sono, as chamadas apneias – explica a médica.
Samuel ficou a maior parte da vida internado, na tentativa de descobrir o problema. Depois do diagnóstico, surgiu outro desafio. Enquanto dorme, o pequeno precisa usar um aparelho Bipap para respirar (tipo de respirador mecânico usado como suporte ventilatório para evitar que as vias aéreas fechem durante o sono). Mas o equipamento tem um custo alto. Segundo o levantamento da família, ele custa R$ 16 mil.
Eles já conseguiram arrecadar R$ 1,8 mil em uma rifa e com doações de amigos. Agora, a mãe de Samuel, Taís Gaciano, faz uma campanha intensa nas redes sociais para conseguir levar o filho para casa.
– Ele toma medicamento para convulsão. Em casa, além do aparelho, vai ter que fazer fisioterapia respiratória, aspirar a via aérea com frequência. Mas, com o aparelho, a tranquilidade é maior. Nossa vida tem sido só dentro do hospital. É uma rotina complicada, cansativa. Quero mostrar as coisas lá fora, levá-lo ele em uma pracinha. Quero que ele possa ir para a escola, que meu filho conheça a nossa família – relata, emocionada, a mãe.
Todos na torcida
Foi no hospital que Samuel deu seus primeiros passos e desenvolveu a fala, ainda tímida. Quando não está dormindo, no quarto ou na dieta por sonda, ele está na brinquedoteca. A técnica em enfermagem responsável pelo espaço onde as crianças brincam, Roselaine Pinheiro Antunes, também está na expectativa para que o menino consiga o aparelho e, finalmente, possa ir para casa.
– A gente acaba se apegando e sofrendo junto com eles. Ele é como se fosse um filho, é nosso amorzinho. A rotina dele é esse hospital, e ele tem a gente como referência, mas eu desejo que ele possa o quanto antes ir para casa e viver a vida dele – afirma.
Para ajudar
- Entre em contato com o Grupo Amigos do Samuel pelo Facebook
- Doações em conta bancária: em nome de Taís Graciano, agência 0330 (Itaú), conta 06123-5
- Telefones: (55) 9173-2437 ou 9200-1499