Polícia



Fogo em colégio

Suspeito de incêndio em escola da Lomba do Pinheiro é encontrado

Para explicar incêndio criminoso na escola Eva Carminatti, desconfiança da polícia vai além dos bondes. Depoimento será decisivo para desfazer mistério

19/10/2012 - 07h20min

Atualizada em: 19/10/2012 - 07h20min


A 21ª DP de Porto Alegre já identificou um suspeito de ter colocado fogo em duas salas de aula da Escola Estadual Eva Carminatti, no Bairro Lomba do Pinheiro, Zona Leste da Capital. A partir de seu depoimento, a polícia pretende ir além de descobrir o autor. O principal mistério é a motivação do crime que deixou 800 alunos sem aula nesta semana. A previsão é de que as atividades voltem na segunda-feira que vem.

Ontem, após dois dias de reunião, o responsável pela 1ª Coordenadoria Regional de Ensino (1ª CRE), professor Antônio Quevedo Branco, afirmou já ter detectado conflitos de longa data na escola:

1) Entre alunos e direção.

2) Entre alunos e ex-alunos.

3) Entre professores e a direção.

Caso foi durante o feriado

E é justamente a detecção dessa trama que traz uma nova hipótese investigada pela 21ª DP: a de que pessoas da escola (funcionários ou professores), descontentes com a direção, tenham, de forma direta ou indireta, motivado a ação dos vândalos. No dia do crime, a principal suspeita recaía sobre bondes rivais, que reúnem adolescentes de duas regiões: Vila Mapa e Quinta do Portal.

- Não que tenha sido uma ação dos professores. Mas que tenha sido (ação) oriunda do descontentamento com a atual administração - revelou a titular da 21ª DP, delegada Shana Hartz.

O incêndio nas salas do terceiro andar aconteceu na tarde de segunda-feira, dia 15, feriado, Dia do Professor.

Aulas na biblioteca e no laboratório

Da reunião da manhã de ontem ficou decidido que as aulas dos 800 alunos serão retomadas na segunda-feira. Durante a semana que vem, equipes da CRE estarão na escola para acompanhar os professores, alunos e pais. Antônio reforça o pedido de que os pais mandem seus filhos para a escola na semana que vem.

Hoje, um engenheiro da Secretaria Estadual da Educação vai à escola Eva Carminatti para avaliar os estragos nas duas salas.

Indefinição sobre calendário

Enquanto a reforma não for feita, a turma de segundo ano terá aulas na biblioteca e a do terceiro ano em um laboratório de informática. Quanto à recuperação das aulas perdidas durante essa semana, ainda não foi definido como será feito.

Histórico de problemas

A escola Eva Carminatti atende 800 alunos de ensino fundamental e conta com 40 professores. No final de setembro, após a transferência de um aluno por motivo disciplinar, a escola sofreu uma invasão e teve salas pichadas e fezes espalhadas pelas paredes. Nenhum vândalo foi identificado até hoje.

Em junho, após o assassinato de um aluno, uma ameaça de incêndio fez com que as aulas fossem suspensas por um dia na escola. É avaliada também a relação entre esta ameaça e o incêndio criminoso desta semana.


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