Lami
Aumento não tira brilho da costela
Corte bovino, que registrou aumento de 4,58% no preço em janeiro, segundo a FGV, segue sendo a principal estrela no cardápio do assado dominical
Nem mesmo o aumento de 4,58% em janeiro, no preço da costela de gado, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RS), registrado em matéria do Diário Gaúcho do dia 14, tirou o tradicional corte do churrasco de domingo do porto-alegrense. A reportagem esteve em um dos mais tradicionais pontos de concentração de assadores e famílias no domingo, a Praia do Lami, e constatou: na hora da compra, o gaúcho não troca a costela de boi. Em cerca de 20 churrasqueiras, não havia uma que estivesse sem o corte.
Na do motorista José dos Santos, morador do Belém Velho, por exemplo, só o que se via eram espetos com suculentas costelas:
- Acho difícil o pessoal abrir mão da costela, né? Mesmo que o salsichão seja um bom aperitivo, não desce igual - comentava ele, enquanto supervisionava uma de origem uruguaia sendo lentamente assada.
"Congelada é mais conta"
Já o coletor de lixo Paulo Renato dos Santos e o eletricista Pedro Sabino, ambos do Bairro Bom Jesus, dividiram a churrasqueira entre costela, frango e salsichão. Mas a preferência, claro, é da costela:
- Não falta nunca, não tem como. Não tem igual a costela - afirma.
Mas os parceiros se mostraram ligados no aumento do corte e dão uma dica para economizar sem deixar faltar o costelão:
- Quando sentimos que o preço aumenta muito, compramos congelada. Dá uma boa diferença - ensina.