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Praça da Juventude

Gurizada invade praça fechada no Bom Jesus

Mesmo ainda não funcionando a pleno, a Praça da Juventude já sofre com o vandalismo

12/02/2013 - 07h29min

Atualizada em: 12/02/2013 - 07h29min


- Pode botar a manchete aí, tio: "Praça invadida para a gente brincar".


Quem sentenciava era um guri de 12 anos, mais um dos que esperava a sua vez de jogar futebol no ginásio - que deveria estar fechado em pleno feriado de Carnaval - na Praça da Juventude, do Bairro Bom Jesus, na Capital, ontem à tarde. Diante de um dos portões, PMs e guardas municipais averiguavam a "invasão".


Sem um guarda, a coordenação do Centro Esportivo e Cultural Bom Jesus resolveu manter o espaço fechado para manutenção durante todo o feriadão. O aviso está em uma faixa presa diante da praça.


Líderes combinaram o fechamento


Mas como evitar que as crianças usassem o local em pleno feriado? O portão que mantinha fechados desde sábado o ginásio, a academia ao ar livre e os banheiros acabou aberto e tudo foi invadido pela gurizada.


De acordo com a coordenadora da praça, Sílvia Regina de Souza, que é moradora do Bom Jesus e há 20 dias assumiu a função, o fechamento foi combinado com líderes comunitários:


- Há uma semana invadiram o ginásio e destruíram todas as torneiras, os sanitários estão entupidos e até a fiação elétrica foi roubada. Estávamos com os reservatórios vazios, sem água. Então combinei esse fechamento para botarmos as coisas em ordem.


Coordenação vai conversar


Hoje, Sílvia promete que durante a manhã começa uma faxina geral na praça. Depois, a coordenadora pretende conversar com todos os frequentadores.


- Infelizmente isso ainda é necessário. É um trabalho longo para que as pessoas mudem de cultura. A praça é delas, não é da prefeitura. Então, precisa ser um compromisso de cada um manter esse espaço - desabafou o secretário da Juventude, Luizinho Martins.


Nem toda a praça estava fechada. O campo de futebol, uma pracinha infantil e a quadra de bocha não são cercados.


Com a chegada dos guardas municipais ao local, pouco depois das 17h, a opção foi por deixar os portões abertos até a chegada do guarda noturno, às 21h.


Difícil é encontrar quem cuide


Uma das opções consideradas pela administração para controlar o movimento dos usuários e também evitar o vandalismo é a colocação de zeladores na praça. Mas, até agora, isso foi impossível.


- Ninguém quer trabalhar aqui porque tem medo. As ameaças, até mesmo com jovens armados, não são poucas, então estamos tentando selecionar dois moradores da comunidade para o serviço - explicou Sílvia.


A Guarda Municipal também não dispõe de efetivo para vigiar a praça. De acordo com o secretário Luizinho, há dez profissionais diretamente vinculados aos projetos na praça.


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