Com o objetivo de desafogar os quase 5 milhões de processos em trânsito na comarca da Capital, o novo prédio do Foro Central de Porto Alegre será inaugurado nesta segunda-feira, às 11h. O local já vem recebendo processos e público desde 2 de setembro, quando foram inauguradas da 1ª a 13ª varas cíveis.

O local abrigará, nos seus 23 andares, as Varas Cíveis, de Família, Fazenda Pública, Falência e Concordata, Precatórios, Registros Públicos e Acidentes de Trabalho. No antigo, a cerca de 500 metros, seguirão funcionando as varas criminais.

Erguido na rua Manoelito de Ornellas, o prédio representa um alívio para os funcionários do antigo Foro Central. Inauguradas na década de 80, as instalações atuais não estavam mais adequadas à realidade da Justiça, fazendo com que os funcionários dividissem seu espaço com pilhas de papéis.

- O prédio antigo não estava conseguindo comportar o volume de processos. Tínhamos chegado ao limite - afirma o diretor do Foro da Comarca de Porto Alegre, Cláudio Luís Martinewski.

Segundo o magistrado, a projeção é que o Foro Cível tenha capacidade para comportar os processos dos próximos 30 anos. Embora a realocação no novo endereço seja hoje, todas as varas entrarão em funcionamento apenas a partir do dia 30 de setembro. Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a última etapa da mudança ocorrerá de 16 a 27 de setembro, quando serão inauguradas as varas das Precatórias Cíveis, de Falências, Concordatas e Insolvências, Acidentes do Trabalho, Fazenda Pública, além do Porteiro dos Auditórios e do Projeto Saneamento.

Saiba mais

- O prédio terá 23 andares em 75 mil m².

- Situa-se no bairro Praia de Belas, na Rua Manoelito de Ornellas, 50.

- Funcionarão as Varas Cíveis, de Família, Fazenda Pública, Falência e Concordata, Precatórios, Registros Públicos e Acidentes de Trabalho.

- Terá um auditório público com acesso alternativo e independente, restaurante, lancheria e posto bancário.

- Área de estacionamento comportará cerca de 814 vagas.

- O custo da obra foi estimado em cerca de R$ 100 milhões, por meio de recursos oriundos do gerenciamento dos rendimentos dos depósitos judiciais.

- Hoje, circulam 15 mil pessoas por dia no Fórum Central de Porto Alegre.

- Há 5 milhões de processos a serem julgados.