Estados Unidos
Menino que não tinha orelhas passa por cinco cirurgias para implantar o órgão
Ele recebeu cartilagem da própria costela para fazer o transplante
Elijah Bell hoje tem oito anos, mas ele nasceu com uma doença rara chamada microtia bilateral, no Estado de Ohio, nos Estado Unidos. A anomalia faz com que o menino não possua as duas orelhas. No entanto, mesmo sem o órgão auditivo, ele consegue escutar com a ajuda de um aparelho. A família revela não ter sido fácil se acostumar com a ideia. Colleen Bell, mãe do menino, contou ao G1 como foi ver a criança sem as orelhas:
- Foi assustador, confuso e de partir o coração.
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Elijah começou a frequentar a escola, após realizar cinco cirurgias produzidas a partir da cartilagem retirada das suas costelas. Antes da última e bem sucedida operação, o menino foi submetido a outras quatro intervenções cirúrgicas - todas necessárias para o sucesso deste quinto procedimento. A primeira delas foi realizada quando ele tinha quatro anos. O médico responsável pelo procedimento foi Ananth Murthy, diretor de cirurgia plástica do Hospital Infantil Akron, em Ohio.
Por conta do problema, o garoto sofria quando se deparava com volumes altos, como um cortador de grama ou uma máquina de lavar louça. Ele também tinha dificuldades para selecionar e distinguir sons diferentes. Porém, seu cotidiano era normal na maior parte do tempo.
Foto: Akron Children's Hospital / Divulgação
Depois do nascimento, ele realizou procedimentos médicos para verificar a saúde de outros órgãos e descobrir se seria capaz de escutar normalmente.
- Ele ouve em volume normal, mas não tem a habilidade de ouvir direcionalmente. Ele usa dois aparelhos auditivos BAHA (de condução óssea), que captam os sons, vibram contra seu crânio e isso faz seu ouvido vibrar também - revela Colleen.
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Na infância, a mãe contou que o filho tinha uma autoestima baixa:
- Ele ficava tímido diante das pessoas, não gostava de ser o centro das atenções e tinha um problema com raiva. Ele vinha passando por aconselhamento para ajudar a reconhecer maneiras corretas de expressar seus sentimentos e, a partir disso, surgiu um sentimento de estar chateado por ser diferente. Sabíamos que precisávamos reverter isso.
Apesar do baixo astral do Elijah, ele sempre foi bem recebido por outras crianças.
- Havia algumas crianças cruéis às vezes, mas de maneira geral nossa igreja, nossos amigos, as escolas e os times de esporte sempre receberam Elijah sem problemas. A parte mais difícil eram os olhares que ele costumava receber - explicou a mãe do garoto.
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* Diário Gaúcho